Semana de Paris: dia 01/10 – Balenciaga, Nina Ricci e Balmain

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Balenciaga: Nicolas Ghesquière é o exemplo perfeito do que separa o prêt-à-porter de luxo do fast fashion, ou seja, um trabalho único e artesanal de tecidos. Em uma coleção de “volta às origens”, como ele mesmo disse, estavam lá todos os elementos que puseram a grife de novo nos trilhos: influências street e esportiva (meio hip hop meio box), calças skinny (o que parecia jeans na verdade era um couro vegetal) e peças com cortes e vazados estratégicos, de materiais tão contrastantes quanto couro e chifon. Sem falar nas mini saias pregueadas/plissadas, nos toques de cores vibrantes (amarelo, laranja, turquesa, verde-menta) sobre os neutros cinza e preto e, nos sapatos, sempre um caso à parte – botas-sandália trançadas, absolutamente incríveis!!!

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Nina Ricci: definitivamente a grife vai recuperar os bons tempos e Peter Coping tem tudo para ser mais um caso de assistente que virou nome principal e deu um novo rumo à marca, como aconteceu com Stefano Pilati na YSL e Phoebe Philo, na Chloé. A única diferença é que Coping veio da Louis Vuitton, e os anos de trabalho com Marc Jacobs ensinaram bastante sobre o que é rejuvenescer uma grife. A primavera da Nina Ricci traz sua essência repaginada para o século XXI: laços, rendas e lingeries em sobreposições de tons pastel, comprimentos mini, um pouco de preto e de brilhos em peças de lamê. Próximos passos: celebridades usando Nina e revistas, sites e blogs promovendo a coleção. Alguma dúvida que isso vai acontecer?

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Balmain: depois de instituir uma fórmula de sucesso (muito anos 80, brilhos, jeans skinny detonados e jaquetas de ombros pontudos adoradas por Michael Jackson e Madonna) mas que, como tudo na moda, precisa se renovar, a primavera de Christopher Decarnin era aguardada com bastante curiosidade. Mas o resultado foi mais do mesmo, apenas com uma roupagem meio militar (verde escuro e franjas e aplicações nos ombros), meio Joana D’Arc (mini vestidos tipo armadura, em dourado) e meio “Mad Max” (calças skinny, shorts e blusas rasgadas). Tudo bem, a Balmain encontrou um nicho, mas precisa se repetir tanto?

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