John Varvatos – Mostrou sua coleção Outono/Inverno dentro de uma igreja milanesa, ao som de “Heroin”, do “Velvet Underground. A combinação não poderia ter resultado em uma coleção diferente do que realmente foi: de paleta de cores inevitavelmente escura, com acessórios de prata (de perfume bem rocker). Mas Varvatos quer que seu consumidor rebelde se vista um pouco melhor, por isso a opção pelos códigos de vestimenta mais clássicos, como os motivos flanelados e o pied-de-poule, em uma alfaiataria seca, sobretudo nas calças, que chegam bem rentes ao corpo, algumas como cavalo mais baixo (como pede a temporada). O couro chega em lavagens diferenciadas, arrematando à coleção uma estética de sexualidade lânguida. Uma coleção redonda, que vai agradar e muito o consumidor da marca.
Neil Barrett – O estilista disseca o guarda-roupa de um homem do campo inglês e o reordena em colagens trompe l`oeil. Nessa lógica, a lapela de um casaco se transforma em um detalhe escondido por debaixo de outra. A legging surge debaixo de calças cropped (de forma cenoura), a pólo é enfiada dentro de uma jaqueta para criar um efeito “dois em um”. Nada era realmente o que parecia ser. E isso foi muito bom…
Versace – Se depender de Donatella, o outono/inverno 2009 chega branco. A cor domina a coleção, em casacos, paletós, suéteres. Tudo com aspecto de neve e gelo. Mais tarde, uma parte de azuis chega à passarela (parcas e peças em couro). Os casacos parecem ser a grande sensação da temporada de Milão, e Donatella mostrou alguns modelos bacanas: trenchs, robes e modelos em tweed. Uma coleção de peças isoladas, mas nada inovadora.