Foi nos verões da própria grife que Oskar Metsavaht, dono e diretor criativo da Osklen, buscou a inspiração para sua coleção de outono/inverno 2010. E ela se traduziu na silhueta estruturada, geométrica, com volumes tridimensionais. Já essa tridimensionalidade não ficou apenas no jeito como as roupas brincaram com as formas humanas; ela transcendeu para os tecidos, no volume criado pelos tricôs, nas tramas quadriculadas dos tressês de xantungue ou da palha de seda, e até mesmo nas estampas cítricas de folhas e flores em fundo escuro de preto ou marrom.
Os verões da marca não trouxeram apenas estes tons acidulados, mas biquínis, sungas e maiôs executados em feltro pesado e bem invernal. Sem molejo nem balanço, como é de se esperar nos dias frios. A coleção intitulada Trópico de Capricórnio (23º26´22´´) foi bem conceitual. Elegeu o preto, o marrom e o castanho como cores principais e apostou na moda sob a forma de arte, com uma estética bem plástica.
Fotos: Agência Fotosite