Com ou sem crise, a semana de alta-costura francesa continua firme. Para manter o passo, a Câmara de Alta-Costura Francesa criou um dia no calendário para as joalherias mostrarem suas novidades, enquanto o mercado se volta para a Ásia, principalmente para a China, em busca de novas e potenciais consumidoras do segmento. A temporada começou ontem com desfiles de Dior, Giorgio Armani Privé, Chanel, Anne Valerie Hash e a volta de Thimister, que não desfilava uma coleção há cerca de uma década. Confira os destaques:
Christian Dior: o mundo eqüestre e o estilista americano Charles James foram as inspirações de John Galliano para mais um espetáculo da grife. Com toques de Belle Époque, o desfile começou com saias pelos tornozelos e jaquetinhas com detalhes laterais, usadas com grandes chapéus e em cores como branco e vermelho, branco e bege e preto e branco. Depois foi a vez das rendas, em vestidos pelos joelhos de saias drapeadas, bordados e tons pastel de rosa, amarelo e azul. No fim, os longos de tafetá, do tipo baile e império em branco ou tons vibrantes (vinho, azul e verde).
Giorgio Armani Privé: em uma de suas melhores coleções couture, o estilista tomou a Lua em suas diversas formas como ponto de partida. Suas fases apareceram em detalhes nos tailleurs e nas curvas dos vestidos e dos blazers acinturados. Outro ponto positivo foi a textura dos tecidos. Os vestidos finais então tinham texturas de brilhos, o que os deixou ainda mais interessantes e com um certo ar “Space Age”. Na cartela, branco, prata, preto e marinho. As celebridades têm várias opções de escolha para o Oscar!
Anne Valerie Hash: é o novo conceito de vintage, o híbrido vintage. A partir de peças de marcas como Gaultier e Chanel, doadas por Diane Pernet, Daphne Guinness e Delfina Deletrez, a estilista criou uma coleção que incluía calças pretas soltinhas, vestidos curtos e longos de tecido brilhoso e aplicações de dourado. Será que a tendência “reciclagem de luxo” pega?
Chanel: kaiser Karl realmente nunca nos decepciona. Como ele tem tanto fôlego para sempre produzir coleções hiper desejáveis eu não sei, mas sei porque a venda de looks couture da grife não caiu ano passado, mesmo com a crise. Lagerfeld tem a capacidade de pegar o icônico tailleur e rejuvenescê-lo a cada temporada, seja com toques futuristas (botinhas e botões prateados) seja trocando a saia por bermuda ou ainda com uma cartela entre os tons pastel e os “sorvetes”. Mas não só de tailleur se perpetua o império Chanel e há sempre espaços para lindos vestidos coluna de cetim de seda ou renda e adornados com bordados metálicos ou peles. Para criar mais desejo, as modelos usavam laçarotes enormes e dois coques que lembravam as orelhas de Minnie Mouse. Imagens que atraem jovens do mundo inteiro instantaneamente.