NYFW – Outono/Inverno 2011: Diane von Furstenberg, Alexander Wang, Victoria Beckham e DKNY

Diane Von Furstenberg: talvez as referências masculinas nunca tenham sido mostradas de uma maneira tão feminina como nesta coleção. Natalia Vodianova abriu o desfile com um terninho de calça capri e blazer de duplo abotoamento coberto por um bolero de flores bordadas. A partir daí, apesar de muito cinza e preto as peças exalavam feminilidade: mangas arredondadas, mini saias rodadas, transparências, bordados de brilho, dourado e prateado, detalhes de pele, e túnicas com estampa psicodélica, além de cardigãs e jaquetas mais curtas. Esta foi a última coleção de Nathan Jenden, braço-direito da estilista que passa a se dedicar exclusivamente à sua grife. Uma ótima despedida.

Alexander Wang: um talento verdadeiro sabe evoluir e apontar novos caminhos sem abrir mão de seu DNA, por isso Wang é tão celebrado. O esporte e o grunge das estações passadas deram lugar ao gótico (seria do “Drácula” ou do “Lobisomem”?) que nasceu a partir de sua observação das executivas de Wall Street e das ciganas (aparentemente as duas não têm nada a ver, mas ambas adoram dinheiro…). O resultado foram blazers desconstruídos, com caudas e barriga de fora, ou formando novas peças, meias 7/8, muito couro e veludo, blusas-camisola, rendas largas e, no final, mini vestidos de cetim drapeados. A cartela gótica incluía também marinho e vinho.

Victoria Beckham: quem não conhece o histórico de vida e estilo da ex-Spice Girl pode jurar estar diante de um trabalho impecável de fashion design. Ela realmente conseguiu ultrapassar a barreira de celebridade/estilista com seus elegantérrimos vestidos, que desta vez vieram em cor de telha, verde água, azul royal e preto. A inspiração foi levemente em Dick Tracy e na silhueta dos anos 30 e 40. Os vestidos coquetel e até longos eram de lã, crepe ou jérsei, com drapeados ou assimetrias precisas e muito decote de um ombro. No fim, alguns em dourado e ouro velho e outros longos com estampa localizada.

DKNY: apesar da cartela careta (preto, cinza, marrom e camelo), a forma como as cores foram trabalhadas não podia ser mais jovem, resultando em estampas geométricas e abstratas. As peças principais eram os casacos de diversas modelagens, normalmente mais longos que as mini saias pregueadas ou os vestidos tubinho leves. Meia calça cinza, algumas boyfriends, coletes e boinas completaram o clima “new preppy”.

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