Giorgio Armani: ele chamou a coleção de “New Chic” e substituiu os clássicos bege e cinza por cores vibrantes (laranja, vermelho e rosa), enquanto as saias dos tailleurs foram trocadas por shorts e bermudas de veludo, usadas com jaquetas e blazers de pele de croco ou cobra, mais curtos, e de ombros pontudos. As saias também apareceram, em modelagem evasê e com volumes localizados. Peles e cashmeres coloridas contribuíram para reforçar a mensagem “new chic” do desfile. No fim, ótimos vestidos coquetel de 1 ombro só, estampados com desenhos lembrando nuvens e florais bordados. Destaque para os chapéus de franjas e os maxi colares, estes últimos, assim como no desfile da Emporio, foram acessórios de peso.
Emilio Pucci: Peter Dundas “escureceu” a grife, com a exceção de alguns toques de violeta, azul escuro e bordados dourados, e deu espaço apenas para uma estampa, que lembrava raios nas cores citadas acima. Misturando anos 70, nas calças boca-de-sino, referências a Klimt e muitos micro vestidos, a coleção não empolgou e como fica cada vez mais evidente, manter o legado da Pucci, ou encontrar alguém que saiba fazer isso, é mais difícil do que se imaginava.
Gucci: já que os anos 90 estão de volta, nada mais natural que lembrarmos Tom Ford e seus primeiros hits para a grife, ou seja, uma releitura dos anos 60 e 70, com calças boca de sino e os “Gs” entrelaçados. Foi inevitável não pensar nisso vendo alguns looks desta coleção de Frida Giannini mas ela soube dar seu toque contemporâneo e pessoal. Começando com looks monocromáticos em branco e off-white, mini vestidos vazados, casacos de couro de avestruz ou de pele, calças da camurça e cuissardes, o desfile foi evoluindo para tons de bege e marrons, blazers oversize e um silk degradê nos vestidos retos. No fim, mais mini vestidos em vinho e preto com plumas e bordados de brilho.
Bottega Veneta: dos ternos de couro aos vestidos fluidos de jérsei, Tomas Maier quer mostrar que a grife tem peças para todas as ocasiões da vida de uma mulher. O desfile começou com os tais ternos em preto, seguidos por tubinhos drapeados na mesma cor. Depois foi a vez das cores (roxo, esmeralda, cinza) aparecerem em túnicas e calças, vestidos semitransparentes de cintura marcada, terninhos (desta vez de tecido) e, finalmente, vestidos usados com micro coletes-armaduras de couro e longos em tons de rosa e vermelho. Para acompanhar, a famosa bolsa de entrelaçados, transpassada, grande e de alças curtas ou sob a forma de carteira. Tudo que uma mulher quer, não?