Badgley Mischka – O preto predominou na passarela da dupla Badgley Mischka, entremeado por alguns looks em cetins de cores fortes e o dourado do vestido de veludo, numa estação de muitos vestidos de ombro só e paetês. A estação veio mais mais romântica, com os habituais looks de Oscar da dupla, porém com menos aviamentos e enfeites. Os chiffons e tules aparecem sobre vestidos bordados de paetê, escondendo o brilho.
Rodarte – Futurismo e romantismo se encontram no outono da Rodarte, marca das irmãs Mulleavy que vem chamando atenção há algumas temporadas. Num desfile de vestidos curtos e cinturas marcadas, o cinza aparece em texturas e estampas de mármore, combinados a botas de cano altíssimo de couro com faixas envolvendo as pernas. Algumas das peças são compostas por camadas de tecidos diversos, como lã, lamê e chifon, e costuradas por linhas metálicas. As inspirações foram as construções e demolições de prédios, e a imagem de Boris Karloff como Frankenstein.
Dennis Basso – Dennis Basso mistura peles e texturas de cobra no seu outono onde o cáqui e o cinza convivem com o preto em pé de igualdade. Casacos volumosos são combinados a vestidos leves de crepe, coletes e pelerines de pele dão toques ousados a looks de calças cigarette pretas.
Narciso Rodriguez – Os cortes impecáveis de Narciso Rodriguez desenharam um outono minimalista onde cores intensas pontuaram a passarela, como o lilás de um vestido, o amarelo de alguns looks e o coral. Formas ajustadas, jaquetas geométricas sobre leggings, o desfile desapontou a platéia que esperava ver os looks da primeira dama Michelle Obama.
Max Azria – Max e Lubov Azria vestem uma mulher forte e confiante, que gosta de transparências, segundas peles rendadas, leggings, couro, veludo. E muito preto, é claro. Os exercícios de drapeados rendem boas mangas e vestidos e saias com volumes discretos e repuxados, em comprimentos do curto a longo. A democracia está nos tecidos também: renda, couro, veludo, jérsei.
Mathew Williamsom – As cores e as estampas explodem na passarela de Mathew Williamsom, onde peles arrematam as golas de casacos de tricô. Há um perfume étnico na coleção, e alguns excessos perdoáveis pela boa fase do estilista. Williamsom fará uma parceria com a gigante H&M e suas vendas em janeiro superaram as expectativas. Não é para menos que seu inverno seja tão alegre.
Philosophi, di Alberta Ferretti – Rosa antigo, azul Royal, azul claro, cinza, vinho, laranja e preto compõem a paleta de cores que Alberta Ferreti escolheu para o outono de sua Philosophi. “Sweet Rock” foi a inspiração. Alguns looks tinham uma pitada glam, as peles apareceram franjadas em casacos e as sobreposições funcionaram.
Diesel Black Gold – Um trumpetista tocava Nirvana e Lou Reed em versões jazzy na passarela de outono da Diesel, que misturou referências dos anos 20 à moda de rua contemporânea. Os anos loucos apareceram em toques como chapéus, sapatos masculinos, enfeites de cabeça das meninas e elementos do universo da lingerie, como os tops que lembravam corsets e as cintas ligas de couro sobre jeans. As calças vem mais amplas, mas não menos desejáveis. Os ternos de padrões xadrez e listras largas foram destaque no masculino, num desfile onde o styling deu o tom certo.
Derek Lam – Muitos casacos-vestidos no outono de Derek Lam, que foi inspirado em Saint Laurent e no filme Ascensor para o Cadafalso, do francês Louis Malle. Os tons de cáqui aparecem em trench-coats com pele na gola, e os jérseis e drapeados dão forma a vestidos menos suntuosos que de costume. O estilista trabalhou ainda padrões petro e brancos, paletós exagerados e casacos volumosos de lã.
Cynthia Steffe – O desfile de Cynthia Steffe começa sóbrio, e aos poucos as cores e estampas vão surgindo na passarela, assim como uma profusão de tecidos como lamê, couro, veludo, pele, paetizados, chifon, ufa! As formas são próximas ao corpo, a estampa de pavão aparece aplicada em vestidos mais descontraídos e fluidos, ainda que contidos, mas a coleção tem um clima morno.