Issey Miyake – Contrariando o passado que vem sendo abordado constantemente nas semanas de moda, haja anos 80, a grife Issey Miyake apresentou uma coleção totalmente contemporânea, e isso não se refere só à roupa. O desfile contou com a presença de mestres de Karatê (que também colaboraram na criação da coleção) que fizeram uma performance colocando à prova a maleabilidade do que foi desenvolvido. O uso de tecidos plissados possibilitou a idéia de movimento em regiões inusitadas, como, por exemplo, na panturrilha. As estampas geométricas utilizadas por Dai Fujiwara, estilista da marca, remarcaram a idéia de movimento do corpo.
Bernhard Willhelm – Desestrutura, retalhos, sobreposições e dobraduras.Cores abertas e fechadas se misturando com as cítricas. Assim foi o desfile da grife Bernhard Willhelm. A coleção surgiu com peças retalhadas e amarradas que se encaixavam com a maquiagem que escorria dos olhos das modelos. A mistura de estampas, cores e informações pareceram traduzir perfeitamente o momento mundial atualmente: caótico e a manifestação ficou clara com o surgimento de uma modelo que trazia a escultura de uma casa na cabeça e uma nota de dinheiro colada na testa. São os sinais da crise chegando na passarela.
Christian Dior – Uma das grifes mais aguardadas da semana de moda de Paris forneceu aos espectadores tudo o que eles esperavam do evento: glamour. Casacos com pele nos pulsos e nas golas e penteados da década de 20 foram o toque de elegância que pouco se viu na temporada atual. Casacos com cintura marcada se misturaram com um toque oriental traduzindo feminilidade e modernidade ao mesmo tempo. Definitivamente um desfile que não deixou nada a desejar.
Vivienne Westwood – O desfile de Vivienne Westwood contou com uma inusitada presença na passarela. Depois de fazer parte da campanha da marca, a atriz Pamela Anderson desfilou para a estilista na semana de moda de Paris. O nome da coleção chamada “+5°,” o número de graus que a temperatura da terra vai subir devido ao efeito estufa, apareceu estampado em camisetas e serviu de base para a continuação da campanha contra o excesso de consumo instaurado por Vivienne na estação passada. A coleção, como era de se esperar, veio carregada de irreverência e, obviamente, estilo!
Yohji Yamamoto – O desfile de Yohji Yamamoto não foi diferente do esperado: conceitual e, como sempre, elegante. O desfile começou com casacos pretos pesados, uma vedete do estilista, com detalhes que diferenciavam cada peça e logo dividiram espaço com casacos militares oversized que davam um ar de autoridade e elegância, típico da marca. Mais um desfile aclamadíssimo fechando a noite de Paris.