O sábado, 25 de fevereiro, começou com a Bottega Veneta. Tomas Maier fez um mix entre a restrição e a exuberância, com linhas simples, muitas texturas e volumes ocasionais. Os tailleurs e casacos que abriram o desfile eram de lã crespa e com um ar muito vintage (reforçado pelo penteado anos 60), enquanto as rendas que apareceram do meio para o fim conferiram efeitos de amassados interessantes. Os longos volumosos do final mostraram que o ecletismo às vezes pode ser muito coerente.
Na Emporio Armani, a monocromia do preto foi o grande destaque. Numa coleção de formas retas, com calças, macacões, saias lápis e mini jaquetas, os detalhes, como os babados localizados e as diferentes texturas de lãs foram as únicas variações.
Coleção após coleção da Jil Sander, Raf Simons continua surpreendendo com seu talento. Entre modelagens super minimalistas, com calças skinny e blusas/jaquetas sem detalhes, e volumes inusitados, pontos extras vão também para as cores que alternavam entre azul noite, cinza e preto com vermelho, amarelo e florais.
Na contramão de tudo que está rolando em Milão, Roberto Cavalli se mantém fiel ao seu DNA com um inverno ultra barroco e muitas vezes confuso. As peças eram basicamente calças (com muitas decorações), jaquetas de ombros marcados sobre blusas, casacos de várias texturas, e saias ou vestidos fluidos difíceis de se identificar debaixo de tanta sobreposição.
As florestas do Tyrol inspiraram Peter Dundas num desfile bem diferente dos padrões da Emilio Pucci. Com tons fechados de verde, com roxo e azul ocasionalmente, a coleção estava repleta de vestidos longos e midi de diferentes decotes, calças mais curtas, brocados e peles. No final, a identidade da marca voltou a ser reconhecida nos longos de jérsei com recortes estratégicos.