Que 2008 foi um ano difícil, todo mundo sabe e 2009 vai forçar mudanças signficiativas em função da economia. Tirando a crise, acho que é lugar comum dizer que nossa vida anda super acelerada e parece ser desejo de muita gente pelo menos tentar relaxar um pouco. Pois é, seus desejos podem virar realidade, pois a tendência está ganhando cada vez mais adeptos e já se nota um novo comportamento de consumo.
Em primeiro lugar, mesmo quem não está preocupado com a crise sabe que comprar compulsivamente já era. Ou se compra apenas o que realmente precisa ou se fazem reuniões íntimas entre amigos e conhecidos, onde o consumo é feito de forma low profile, como mostrou o NY Times. Outro indício é o fato de socialites ou candidatas a estarem propositalmente diminuindo as noites fora de casa em troca de sossego, pequenas indulgências ou reuniões seletas. Li sobre isso na Vogue americana de setembro (que enfim acabei ontem – cara, como eu preciso desacelerar…) e quase não acreditei.
Para terminar, na L’Officiel deste mês, Dario Caldas escreveu um artigo sobre… Slow Down, propondo caminhos para a indústria têxtil brasileira se adaptar ao que vem por aí.
Resumindo, acho que 2009 vai ser o ano do consumo consciente em todos os sentidos. Consciente porque não dá para sair gastando rios de dinheiro por aí e por isso mesmo é preciso estar consciente do que se quer comprar. E quem está consciente, pensa antes de consumir. Pensa se a peça tem preço justo, pensa se ela veste bem, pensa se ela poderá ser usada várias vezes e de diferentes formas, pensa se ela foi eticamente produzida…