Semana de Moda de Paris: Chanel e McQueen

Depois de uma viagem ao fundo do mar na primavera, Karl Lagerfeld nos levou a explorar o centro da terra e seus minerais. Na linguagem da Chanel, isso se traduziu numa cartela com muitos tons de joias (ametista, esmeralda, safira), além de cinza e preto, e em formas com referências aos cristais das minas. Tudo trabalhado em muito tweed, lãs e com leves toques esportivos.

Na primeira parte, as sobreposições foram o destaque, com vestidos em A sobre calças cropped ou jaquetas quadradas sobre mini saias. Depois foi a vez dos tecidos metálicos ou transparentes, coloridos, e com tratamentos especiais, incluindo aplicações holográficas. Entre os acessórios, o híbrido de botinha e sapato boneca era sensacional, as bolsas eram pequenas e as joias imitavam cristais “colados” artesanalmente.

Seguindo a tradição de Alexander McQueen em criar uma história completa para seus desfiles, Sarah Burton imaginou um futuro muito particular e positivo para o inverno da marca. Assim, as roupas foram evoluindo na passarela, como se transformassem bem na frente do público. Começando pelos mini vestidos de lãs e plumas, com óculos-máscara e cintos de guerreira medieval, seguidos pelas peças em rendas e pompons que mais pareciam dandélios, aquela flor leve como o vento, o desfile terminou com longos inteiros de peles de plumas que eram quase mágicos. A cartela do branco ao pink, passando pelo preto, cinza e rosa bebê seguia o mesmo principio. Comercialmente, a coleção era impossível. Mas a essa altura, tudo que a gente quer ver é um pouquinho de arte e poesia na passarela. E neste quesito, ninguém supera McQueen!

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