Arquétipos: Modo de Usar – Parte 2


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No último post, falei sobre a metodologia de aplicação dos arquétipos e porque acredito que ela é superior aos tradicionais métodos de construção de identidade da marca. Quem leu os textos sobre Chanel, Alexander McQueen, Ralph Lauren etc e seus respectivos arquétipos (Amante, Criador, Governante) deve estar se perguntando: mas afinal, o que significa isso? Então, vamos às explicações!

Margaret Mark e Carol S. Pearson, autoras de “O Heroi e o Fora da Lei” trabalham com 12 arquétipos (outros autores trabalham com um número maior, mas na minha concepção eles acabam sendo derivados dos 12 originais). São eles:

  • O Inocente: idealista, otimista e esperançoso, sempre demonstra perseverança diante dos obstáculos e motiva os outros a acreditar que no fim, tudo dá certo.
  • O Explorador: independente, autêntico e curioso, segue seus próprios caminhos e estimula as pessoas a explorar novos territórios.
  • O Sábio: inteligente e reflexivo, valoriza o intelecto e sempre busca mais conhecimento e a verdade dos fatos.
  • O Herói: determinado e focado, busca superar limites com sua atitude vencedora e exemplar.
  • O Mago: intuitivo e inspirador, estimula a busca por um olhar transcendente e acredita que tudo é possível.
  • O Fora da lei: com comportamento não-convencional, desafia o sistema por buscar inovação e a capacidade de pensar diferente.
  • O Amante: apaixonado e engajado, gosta de unir pessoas e motivá-las a expressar amor.
  • O Bobo da Corte: espontâneo, bem-humorado e irreverente, gosta de brincadeiras, piadas, diversão e estimular os outros a aproveitar a vida de uma forma leve.
  • O Cara Comum: simpático, ‘pé no chão’ e resiliente, valoriza a igualdade e motiva pessoas a tentarem seu melhor.
  • O Criador: criativo e cheio de imaginação, gosta de mostrar e estimular dons artísticos
  • O Prestativo: dedicado e atencioso, gosta de apoiar e cuidar de outras pessoas
  • O Governante: confiante, competente e responsável, gosta de liderar e busca um alto padrão em tudo que faz.

Os 12 arquétipos são divididos em 4 ‘grupos motivacionais’: Estabilidade, Pertencimento, Maestria e Independência. Eles podem ser compreendidos como as necessidades psicológicas dos consumidores e representam características-chave para estabelecer a conexão entre consumidores e marcas. Cada grupo tem arquétipos que representam desejos e medos similares.

Arquétipos e motivação
Motivação Estabilidade & Controle Pertença & Prazer Risco & Mestria Independência & Satisfação
Criador Bobo da corte Herói Inocente
Prestativo Cara comum Fora-da-lei Explorador
Governante Amante Mago Sábio
Medo do consumidor Ruína financeira, doença, caos incontrolável Exílio, orfandade, abandono, ser esmagado Ineficácia, impotência, desamparo Cair na armadilha, ser traído, vazio
Ajuda o consumidor a Sentir-se seguro Ter amor, pertencer ao grupo Realizar-se Encontrar a felicidade individual

Além disso, as autoras ressaltam que cada arquétipo tem uma ‘virtude’ principal e também uma ‘sombra’, ou seja, um lado negativo que é essencial que a marca conheça para evitar armadilhas.

Qualidades e Defeitos dos Arquétipos
Arquétipo Virtude Vício
Inocente Negação
Explorador Autenticidade Autocomplacência
Sábio Sabedoria Dogmatismo
Herói Coragem Arrogância
Fora da lei/Revolucionário Revolução Destrutividade
Mago Transformação Manipulação
Cara comum Igualdade Bullying
Amante Amor Promiscuidade
Bobo da corte Diversão Brincadeiras cruéis
Prestativo Compaixão Martírio
Criador Inovação Cientista louco
Governante Responsabilidade Ditadura

Para finalizar, cada arquétipo apresenta uma série de comportamentos, alguns bem simples, outros mais complexos, que podemos chamar de ‘níveis’. Este é um ponto importante para se levar em consideração quando a marca está construindo a identidade e se posicionando no mercado. Por exemplo, o Amante tem os seguintes níveis: (1) o despertar da sexualidade, (2) desejo desesperado de atrair um amante, (3) conseguir um romance profundo e duradouro, (4) a habilidade de se conectar intimamente com a família e os amigos, (5) amor espiritual para toda a humanidade e os seres vivos. Assim, a Versace é o Amante trabalhado no Nível 2, graças à imagem sexual da marca, enquanto a Valentino é o Nível 3, um tipo mais delicado e sutil de romance.

A partir da determinação do arquétipo, que funciona como uma bússola, a marca vai delinear sua essência, ou seja, tudo aquilo que a faz ser única e incomparável. Então, se a Chanel por exemplo, é a representação do arquétipo do Amante, sua essência está ligada à reinvenção da feminilidade graças ao novo jeito de se vestir criado por Coco. Já a Burberry é o Governante e sua essência é o London lifestyle representado por uma peça ícone: o trench coat.

Depois dessas explicações, dá para entender porque a aplicação de arquétipos é um trabalho muito mais abrangente, não é?

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