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Por muito tempo, meu dream job era ser jornalista de moda e escrever sobre os desfiles internacionais. Lendo as críticas dos shows e as matérias sobre as questões que permeiam a indústria, ganhei boa parte da minha cultura de moda e o entendimento necessário para lidar com o mercado. No entanto, como vocês sabem, as coisas mudaram drasticamente nos últimos 10 anos e hoje o papel do jornalismo de moda é bem diferente, sobretudo quando desfiles são feitos para render boas imagens no Instagram mais do que boas peças para a vida real.
Mesmo assim, para quem trabalha ou quer trabalhar a sério com moda, ler o que os principais jornalistas escrevem ainda é essencial para desenvolver uma visão crítica. Aqui embaixo está a lista dos meus favoritos e onde encontrá-los (não vale só segui-los no Instagram, ok?):
Cathy Horyn: a ex-crítica do New York Times e atual colaboradora do blog The Cut, da New York Magazine, é famosa pela forma direta e objetiva de interpretar uma coleção e por não colocar meias-palavras em suas críticas, o que já provocou desavenças notórias com Giorgio Armani e Hedi Slimane.
Robin Givhan: sua visão ampla da moda, sempre ligada às questões culturais, lhe rendeu um inédito prêmio Pulitzer em 2006. Com passagens pela Vogue, Newsweek e The San Francisco Chronicle, ela é editora de moda do The Washington Post há cerca de 10 anos, entre idas e vindas. A análise do guarda-roupa de figuras políticas como Michelle Obama e Hillary Clinton, sempre sob a ótica socioeconômica, só reforça seu prestigio.
Tim Blanks: se você tem idade suficiente para lembrar do programa canadense Fashion File (que passava nos primórdios do canal E! no Brasil), sabe que Tim é uma enciclopédia da moda ambulante! E o que dizer dos vídeos Throwback Thursdays no Style.com, relembrando momentos icônicos dos anos 90? Seja no extinto site ou como editor do Business of Fashion, suas críticas conseguem ser sutilmente diretas e sempre recheadas de referências que vão da história da moda a cultura pop.
Vanessa Friedman: a substituta de Cathy Horyn no NY Times já passou pelo The Financial Times, Elle, InStyle e The Economist, ou seja, sua visão agrega desde os aspectos econômicos até o pragmatismo de editar peças que não podem faltar no guarda-roupa contemporâneo. Por isso mesmo, seus textos são fáceis de ler mas trazem constantes reflexões sobre os caminhos da indústria.
Sarah Mower: a jornalista inglesa é há anos colaboradora da Vogue americana e crítica dos desfiles do site desde da época do Style.com. Mesmo com a “neutralidade” da revista, Sarah consegue dar seu recado de uma forma delicada e inteligente. O trabalho com o British Fashion Council, onde está a frente do NEWGEN, um projeto para promover novos estilistas, só contribui para sua visão voltada ao business da moda.
Bridget Foley: uma das figuras mais low profile da indústria, Bridget, que há mais de 30 anos trabalha para o WWD, escreve críticas de desfiles com um tom simples e questionador. Sua coluna “Bridget Foley’s Diary” é sempre um convite à reflexão do que está acontecendo no mercado.
Suzy Menkes: é lógico que ela não podia ficar de fora! Suzy é uma lenda viva do jornalismo de moda, famosa tanto pelo topete quanto pela velocidade que escreve suas aguardadas críticas. Apesar do approach old school e das opiniões impetuosas sobre os rumos da indústria e a pressão em cima dos estilistas, a ex-editora do The International Herald Tribune (agora The International New York Times), e atual International Vogue Editor, com textos publicados nas várias edições online da revista, foi uma das primeiras a abraçar as redes sociais e as novas tecnologias, discutindo-as em seu seminário anual sobre luxo.
Alexander Fury: o editor de moda do jornal The Independent representa uma nova geração e já é reconhecido pelas opiniões honestas e até mesmo controversas. Com referências enciclopédicas e um tom muitas vezes irônico, seus artigos (que podem ser lidos em algumas publicações britânicas) são tão informativos quanto questionadores.