A W sempre foi uma revista americana quase européia. Como a circulação dela é menor do que dos títulos mais conhecidos (Vogue, Elle, InStyle), podia se dar ao luxo de propor editoriais bem ousados, uma boa dose de nudez sem puritanismo, matérias polêmicas e um tratamento menos glamuroso e mais experimental com as capas de celebridades. Tenho alguns exemplares memoráveis como as múltiplas capas de Kate Moss (setembro 2003), Tom Ford com bonecos plásticos (novembro 2005), Brad Pitt & Angelina Jolie (julho 2005) bancando a família feliz, Naomi fazendo trabalhos comunitários (junho 2007), fora os belos editoriais de Steven Meisel, Bruce Weber e por aí vai. Mas isso foi na era Patrick McCarthy e Dennis Freedman, que acabou no início de 2010…
Na nova edição, a primeira sob o comando do novo editor-chefe Stefano Tonchi, Rebecca Hall (quem?) e Joe Hamm (Mad Men) estão na capa promovendo seu novo filme, dirigido por Ben Affleck. O editorial foi fotografado por Nathaniel Goldberg (de novo, quem?) com styling de Lori Goldstein. Não é que esteja ruim, mas as roupas são assim…muito normais, sabe? O fator fantasia, impossível de transpor para a vida real, que às vezes é tão necessário numa publicação de moda, se foi.
Ainda não terminei de ler a edição de julho, com Eva Mendes, a última antes da era Stefano Tonchi, que já avisou que a nova linha da W vai incluir matérias menos obcecadas pela moda e mais focadas em estilo. Ah, será que vem aí mais um interminável guia “vista-se de acordo com seu tipo físico”. É o fim de uma de minha revistas preferidas???