Sabe aquela imagem de mulheres saindo de um shopping carregadas de sacolas? Ela não existe mais. Bem-vindos a era do consumo seletivo, em que o consumidor avalia cuidadosamente cada compra, pesquisa na internet, checa as redes sociais e conversa com os amigos antes de gastar seu rico dinheirinho.
A crise econômica de 2008 forçou não apenas uma mudança nos hábitos de consumo, mas também uma mudança de mentalidade que, ao que tudo indica, veio para ficar. Nos EUA e na Europa, onde os problemas ainda são muito graves, as pessoas andam constantemente com medo de ficar sem trabalho, as linhas de crédito não são mais tão generosas e as taxas de desemprego assustam. Tudo isso fez muita gente repensar se é mesmo necessário consumir tanto para ser feliz. Várias pessoas resolveram se livrar dos excessos e viver apenas com o indispensável (blogs e “projetos” sobre este estilo de vida “enxuto” pipocam pela internet), ou seja, nada de compras compulsivas e supérfluas.
Livro originado de um dos blogs sobre vida mais simples
Quem ainda gosta e quer consumir, pondera bastante o valor de um produto, além de comparar os similares e pesquisar bastante online a opinião de outros clientes. O grande desafio para as marcas é conquistar este consumidor se mantendo presente na internet, no Facebook, no Twitter, inovando seu e-commerce e m-commerce, em outras palavras, criando motivos subjetivos para o consumo, agora mais do que nunca.
O sucesso de sites como o Net-a-porter aponta o crescimento do e-commerce
Na moda, identificamos dois pólos: em um, as redes de fast fashion que tornam-se excelentes opções para quem não quer gastar muito e ainda quer consumir novidades. H&M, Topshop, Zara e outras não registraram grandes prejuízos nos últimos dois anos e continuam a expandir seus impérios. Do lado oposto estão as grandes grifes de luxo, que perderam uma boa fatia do mercado, já que os consumidores ocasionais (aqueles que aspiram ser clientes mas só podem adquirir um produto de vez em quando) se foram. A parcela mais rica da população continua comprando, porém não quer ostentar logos e nem as peças facilmente identificadas. Por essa razão, as marcas insistem no marketing do heritage, com o objetivo de vender ítens com valor histórico agregado e atemporais, assim a relação custo-benefício se torna mais vantajosa.
As bolsas da nova coleção da Louis Vuitton são modelos clássicos, sem o excesso de logos e cores
E no Brasil? Ainda estamos do outro lado da curva, pois não entramos em crise e nosso poder de compra nunca foi tão alto. As classes mais populares estão consumindo como nunca e os mais abastados fazem a festa das grifes de luxo aqui e lá fora. Porém, é preciso estar atento às mudanças. Mesmo com toda a euforia, o consumidor tem nas mãos ferramentas poderosas de comparação de preços e produtos. Quem não se preparar para vender a um cliente tecno-informado corre o risco de ver seu negócio declinar mais rápido que as ações das bolsas americanas em 2008. Você está preparado?
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