Minha revista do Style.com chegou, com muito atraso (problemas no correio, claro), no fim do ano passado e só agora consegui terminar de ler tudo. Neste primeiro número do título, o que mais me chamou a atenção foi o tamanho da publicação (igual ao da W) e as campanhas poderosas: todos os grandes nomes estão lá: Dior, Marc Jacobs, Gucci, Tom Ford etc… Não dava pra esperar nada diferente, afinal o site é referência há mais de 10 anos. E chegar chegando assim é sempre muito bom.
Vamos então ao conteúdo editorial: adoro o style.com, porém ele tem tantas informações que facilmente me perco navegando pra lá e pra cá. A função número 1 da revista é justamente concentrar essas informações. Cada semana de moda (Nova York, Londres Milão e Paris) foi dividida por “capítulos”, começando com o mapa dos lugares imperdíveis, com ótimas ilustrações de André Saraiva, Gary Card e Ferry Gouw, Kuba Dabrowski e Craig Redman, e as melhores fotos de Tommy Ton em cada capital da moda. Os highlights de cada semana e um perfil de um estilista que desfila em cada uma delas (Proenza Schouler, Donatella Versace e Kenzo) completam as seções.
Fora isso, as matérias típicas do Style.com, como os top 10 dos editores também estão lá, assim como o ranking dos desfiles mais vistos no site. Nesta temporada, Chanel levou o prêmio, com mais de 3 milhões de page views, seguida por Louis Vuitton e Prada, com cerca de 2 milhões cada. Tim Blanks assina uma ótima matéria sobre a importância do Storytelling para as coleções, uma prática muito bem feita por John Galliano e Alexander McQueen.
E o editorial principal é com Lindsey Wixon mostrando sua vida em Wichita, Kansas e entre um ou outro desfile. As fotos são do pouco conhecido Theo Wenner e não decepcionam. Há ainda sugestões de compras inspiradas nos ícones do street style e um perfil da top Saskia de Brauw, além de uma excelente entrevista com Azzedine Alaïa. Resumindo, acho que o Style.com Print cumpriu bem a sua tarefa de ser um grande guia bem editado da temporada de moda. Para mim, este é caminho que as publicações impressas devem tomar para se diferenciar da mídia virtual. Afinal, quando a gente finalmente consegue parar pra abrir uma revista, algo não muito fácil atualmente, não quer ler uma noticia velha da internet, mas sim um conteúdo mais analítico e aprofundado. Com muito estilo, claro!
Já estou esperando pelo segundo número e torcendo pra ele não atrasar…