A Volta de Phoebe Philo

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Phoebe fotografada por Juergen Teller

Depois do anúncio, no ano passado, de que ocuparia o posto de diretora criativa da Celine e dos subseqüentes rumores sobre sua permanência no cargo, agora é pra valer: Phoebe Philo está de volta após três anos afastada do mundo da moda. Sua primeira coleção para a marca francesa, fundada em 1945 por Celine Vipiana, será a de resort, com lançamento marcado para junho. Em uma entrevista para o WWD, a estilista falou sobre os caminhos a seguir e mostrou sua aguçada percepção do mercado. “O realismo está na moda. A Celine nunca foi uma marca “exibida”. (A coleção) Será mais uma base para o guarda-roupa”. Ou seja, depois de alguns anos lançando it bags e peças pra lá de marcantes na Chloé, agora é hora de investir em looks com foco no estilo pessoal, tanto que a coleção está sendo desenvolvida em etapas e recheada de peças-ícones como calças, jaquetas e blusas que atravessam o dia da mulher. Além disso, Phoebe quer que a experiência de compra seja simplificada e que cada peça seja relevante por algumas temporadas.

Esperta, não? Mesmo afastada e sem contato até com revistas de moda, ela percebeu rapidinho a nova realidade do varejo. Durante esse período dedicado aos filhos Maya e Marlow, e ao marido Max Wigram, o máximo que fez foi dar consultoria para a Gap Europe e para os conglomerados Gucci e Richemont (dono da Chloé), e sem muito alarde, foi cotada para substituir Valentino. Em poucos meses a estilista, formada pela Saint Martins e assistente da amiga Stella McCartney quando esta era a titular da grife francesa, vai estar de novo sob os holofotes da moda e com o desafio de reposicionar uma marca em tempos pra lá de difíceis. Phoebe conseguiu transportar a seda da Celine para Londres e já viajou com a equipe para Tóquio para buscar inspiração na moda de rua da cidade. A Asia, aliás, é um dos mercados mais importantes para a grife que movimenta cerca de 200 milhões de euros.

Depois de um ótimo período com Michael Kors como diretor criativo, entre 1997 e 2004, a marca perdeu espaço com as contratações de Roberto Menichetti e Ivana Omazic, que saiu em outubro passado. A expectativa é que Philo resgate o allure da Celine e transforme-a em uma das marcas-estrela do LVMH, assim como a Dior, a Fendi e a Louis Vuitton. Só nos resta esperar.

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