Givenchy: quando se descobre que alguns vestidos desta coleção levaram 1600 horas para serem feitos, é impossível não parar para refletir sobre o sentido da alta-costura. Riccardo Tisci ainda foi mais fundo no conceito ao optar por uma apresentação intimista no lugar do desfile. As 10 modelos estavam divididas em salões de um apartamento na Place Vendôme em vestidos e calças que homenageavam Frida Kahlo sob a ótica de 3 pilares: religião, sexualidade e dor (representada pelo esqueleto humano, que apareceu nos bordados de cristais e pérolas). Branco, dourado e marrom eram as únicas cores em peças de renda extremamente trabalhadas, detalhes de plumas, tules e zíperes.
Giorgio Armani Privé: a cor preferida do estilista – bege – estava onipresente nos looks “executiva chique”, de calças + blazers, nos tailleurs de saias nos joelhos, nos vestidos e até nos longos geométricos. Detalhes de drapeados, grandes botões e broches, assim como casacos longos, clutches e sapatos boneca foram os outros itens de uma coleção impecável.
Chanel: Coco era do signo de Leão. Karl Lagerfeld pode ter tido pensamentos astrológicos, ter olhado pra savana africana ou se inspirado na metáfora do rei da selva. O fato é que a passarela tinha um enorme leão como cenário! O desfile foi um dos mais sóbrios da grife, bem como o mood da estação pede. O clássico tailleur ganhou novas proporções, com jaquetas mais curtas, de mangas ¾ e fofas, e saias abaixo do joelho. O tweed dominou a primeira parte, em cores sóbrias (preto, vinho e bege). Já na segunda, apareceram os belíssimos bordados, do tipo tapeçaria, flores aplicadas, transparências e muitos bordados, além de vermelho, azul e tecidos como cetim e seda. Os acessórios não podiam ser mais perfeitos: botas de canos médios, acompanhando as decorações das roupas e muitas pulseiras douradas. Lagerfeld é mesmo um leão que ruge – e ainda usa máscara!