Mais uma edição do Senac Rio Fashion Business terminou ontem com um balanço animador não só para a moda carioca, mas para a de todo o país. O evento consegue unir tudo que a indústria precisa para girar e crescer: mix de marcas comerciais e inovadoras, desfiles honestos, palestras para empresários e profissionais, além de uma programação cultural com apoio do SESC. Quem anda por seus corredores está lá para fazer negócios, ou no mínimo network, e aquele “glamour” vazio associado normalmente aos eventos de moda passa longe, ainda bem.
Depois de assistirmos a vários desfiles e circular por vários stands, dá para ter a dimensão do que deve estar nas lojas daqui a dois meses, quando a primavera/verão invadir as vitrines brasileiras. O sucesso comercial de temas que giram em torno da releitura dos anos 70 é infalível e os desdobramentos desta estação vão para os vestidos longos e fluidos, as muitas estampas florais, o uso de tecidos naturais, as referências étnicas e os tecidos naturais (pelo menos na aparência). O comprimento das saias desce bastante, ficando entre o midi e o longo, as pantalonas e flares (as novas boca-de-sino) desafiam a hegemonia da skinny, enquanto a cartela de cores continua privilegiando os contrastes dos tons vivos (turquesa, laranja e amarelo limão, principalmente) com os neutros (o nude abre espaço para o cru e o areia).
Detalhes nas costas e muitos plissados devem funcionar bem para looks de festa, enquanto os acessórios estão mais “diurnos”, com muitas espadrilles, cintos de tressê, chapéus, viseiras e arranjos para os cabelos. Todos os itens são bem fáceis de vender, para deixar os empresários felizes, do jeito que o clima dos anos 70 pede…