Os sites de leilões, com produtos a preços super reduzidos, não são novidade, mas um endereço virtual para lances no segmento de luxo pode surpreender no primeiro momento. O Bid Boutique (www.bidboutique.com.br) nasceu com essa idéia. Bolsas Louis Vuitton e Marc Jacobs, perfumes Carolina Herrera, whisky Johnny Walker e até esmalte Chanel são alguns dos itens que serão leiloados nos próximos dias. Conversei com Ana Elisa Anderson Romeiro, sócia-proprietária da empresa, que me contou melhor sobre o projeto na entrevista abaixo:
Modalogia: Como surgiu a idéia de adaptar um site de leilões para o segmento de luxo?
Ana Elisa: Quem não gosta de produtos de luxo, com qualidade, design e tecnologia de última geração? Quando descobri o leilão de um centavo, observei o funcionamento do negócio por algum tempo e descobri que boa parte da motivação em participar está na atratividade do produto que é oferecido pelo site. No Brasil, a maior parte dos sites oferece eletrônicos e eletrodomésticos e para ser mais competitiva em um mercado que já está bastante explorado, surgiu a idéia de oferecer produtos de luxo, sem limitar o tipo de produto. Desta forma, a proposta acaba abrangendo desde eletrônicos e eletrodomésticos, até mercadorias de moda/beleza como bolsas, óculos e perfumes.
Modalogia: Quem é o público-alvo do site?
Ana Elisa: É um público batalhador, que busca ascensão social. Gosta de qualidade e sabe o que é um produto de luxo. Costumo explicar que é aquela mulher que sonha com uma bolsa Louis Vuitton, ou o homem que paquera um relógio em uma joalheria, mas que tem prioridades com sua renda que não lhe permitiram comprar seu sonho de consumo.
Modalogia: Você acha que o futuro do e-commerce está centrado em sites de desconto, já que temos vários exemplos bem-sucedidos?
Ana Elisa: Acredito que os sites de desconto têm um público fiel, que se interessa em comprar pela oportunidade. Sem dúvidas, a internet permite que os descontos oferecidos sejam maiores, uma vez que o número de pessoas dispostas a comprar um mesmo produto/serviço é maior. Este é o caso dos sites de compra coletiva e de leilão. Mas não acredito que o futuro do e-commerce esteja centrado apenas em sites de desconto. Ao iniciar o trabalho nesta área, percebi que o e-commerce ainda é pouco explorado no Brasil, mesmo na forma de varejo comum e existe espaço para empresas ou pessoas empreendedoras dispostas a investir em profissionalismo.