A segunda-feira já começou com uma notícia que surpreendeu o mundo da moda: Clare Waight Keller, ex-estilista da Pringle of Scotland é a nova diretora criativa da Chloé. Com isso, os rumores que Hannah McGibbon sairia da grife se confirmam, apesar das constantes negativas da empresa. Clare deixou a Pringle recentemente, após seis produtivos anos na etiqueta escocesa de tricôs, e foi substituída por Alistair Carr. Já Hannah, que prestou consultoria para a Chloé por 10 anos (desde os tempos de Phoebe Philo), veio ficar no lugar de Paulo Melim Andersson com a difícil tarefa de recolocar a grife francesa no topo. As críticas às coleções dividiram a mídia e apesar da maioria dos lançamentos ter tido resultados satisfatórios, o Grupo Richemont parecia não estar muito feliz nas últimas temporadas.
Com tantas trocas e saídas de estilistas, fica difícil saber quem cria para quem, e, pior ainda, estabelecer uma identidade de marca forte, trabalho que só com muita consistência é atingido. Segundo especialistas, esta recente “dança das cadeiras” na moda se deve ao período pós-crise, já que as empresas viram o consumo aumentar novamente e perderam o medo de correr riscos e mudar. Outra questão relevante é o cenário cada vez mais acelerado e que requer estratégias de marketing que vão muito além do simples design de roupas e acessórios.
A consultora Floriane de Saint Pierre, em entrevista ao WWD, resumiu muito bem o atual estado da indústria: “a criatividade pura está se tornando tão importante quanto a habilidade de gerenciar talentos criativos. Na última década nós assistimos os designers se tornarem ‘diretores criativos’, agora estamos provavelmente encarando a necessidade de ter chefes criativos (CCO) como parceiros dos chefes executivos (CEO). Isso requer remodelagem das organizações.
Alguém ainda duvida que sem boas estratégias de marketing não há talento criativo que sobreviva?