O assunto do momento no mercado de luxo é a compra de 17.1% da Hermès pelo LVMH. A notícia foi uma bomba para os herdeiros da grife francesa, uma das únicas ainda a manter o modo de produção artesanal, que estão morrendo de medo do conglomerado de Bernard Arnault tomar aos poucos a empresa do controle da família. Segundo especialistas, apesar de negar a estratégia, o plano de Arnault é ir “comendo pelas beiradas” como fez com a Louis Vuitton e outras maisons nos anos 80 e 90.
Para barrar a entrada do LVMH, os membros das famílias Dumas, Puech e Guerrand, herdeiros da Hermès, divulgaram a criação de uma holding possuidora de mais de 50% do capital da marca, ainda sem nome definido. Dessa forma, a holding vai controlar 73.4%, com cotas divididas entre os descendentes de Thierry Hermès, fundador da companhia em 1837. Enquanto a confusão não termina, a grife comemora a valorização de mais 12% de suas cotas, só na semana passada, sem contar os lucros recordes nos últimos dois anos, mesmo em tempos de crise. Dá pra perceber porque Bernard Arnault está de olho na Hermès, não?