Jasper Conran
Amanda Wakeley
Paul Smith
Amanda Wakeley
Paul Smith
Louise Goldin
Eley Kishimoto
Por Mirela Lacerda
Agora sim, começo a enxergar o espírito londrino nos desfiles. Mas a LFW é um grande paradoxo: de um lado os novos talentos, cheios de ousadia e de outro os nomes tradicionais. Nos shows de ontem, isso estava bem claro. Enquanto Louise Goldin, Eley Kishimoto e Sinha-Stanic abusam das cores e da experimentação, Jasper Conran, Paul Smith e Amanda Wakeley fazem moda para ladies, aliás, nesta estação parece que quase tudo é pensado para elas. Será que depois de décadas de culto à juventude, as “mulheres-mulheres” voltam a ter a moda inspirada nelas?
Jasper Conran usou muita cintura marcada e uma modelagem que destacava bem os quadris. Fora isso, a silhueta era bem simples e a cartela de cores, neutra (preto, branco, bege e cinza), quebrada apenas pelas meias coloridas.
Amanda Wakeley também privilegiou uma modelagem minimalista, com uma silhueta próxima ao corpo. Gostei mais dos looks finais, em cetim prata e verde.
Sir Paul Smith inspirou-se na alta-costura, ou seja, em formas bem ladylike. Pelo menos ele saiu dos tons neutros misturando cores como laranja, verde, preto e alguns florais.
A Louise Goldin é uma das minhas novas estilistas preferidas. Primeiro, pelo que ela faz com o tricô. Segundo, porque ela sabe misturar incrivelmente as cores. Essa coleção era meio “esquimó espacial”, com uns desenhos geométricos, amarrações, leggings, capuzes e sapatos by Pierre Hardy. Adorei!
A dupla Eley Kishimoto (que também vai assinar a Cacharel) sempre surpreende com as estampas. Nesta coleção tinha uma inspirada em arlequins e outra em coelhos (fofa!). Os looks eram vestidos e blusas com gola Peter Pan, pantalonas, calças curtas e casacos com grandes botões, lindos por sinal.
Outra dupla, a Sinha-Stanic, pegou referências do seriado “Freaks and Geeks”. Gostei dos tricôs fininhos e coloridos, da estampa manchada, dos vestidos bolha e dos mais justos, de manga comprida.