A London Fashion Week terminou ontem em clima mais que otimista. A temporada inglesa foi forte, com coleções bem construídas e uma explosão de criatividade sem perder o foco comercial. Logo pela manhã, Mary Katrantzou, a prodígio das estampas digitais, mostrou um inverno inspirado em objetos de arte e decoração. Os desenhos, vários em trompe l’oeil, eram de vasos, porcelanas e até aquários, sem falar nos belos florais e paisagens. Na modelagem, peças estruturadas, alguns terninhos e vestidos midi mais fluidos.
Marios Schwab pegou o trem “ladylike” da estação, porém de uma forma mais experimental, com muitos looks em couro perfurado e recortes estratégicos. Os vestidos se mantiveram pelos joelhos, com a cintura marcada, e em tons de vinho, laranja queimado, azul noite e mostarda. Para contrabalançar, jaquetas de mangas matelassadas agregavam volume à parte superior.
A Aquascutum, assim como a Burberry, é uma marca tradicional que entrou no século XXI querendo se modernizar. Há algumas temporadas ela vem fazendo sucesso mas agora com a entrada da nova estilista Joanna Sykes deve atingir um novo patamar. Num dos melhores desfiles da LFW, a estilista investiu pesado nos casacos (marca registrada da grife), com muitas sobreposições e utilitarismos absolutamente contemporâneos. As jaquetas e sobretudos ganharam lapelas largas, muitos bolsos ou forros de lã, cobrindo mini saias e capris. Para completar, a cartela acertada reunia bege, laranja, verde militar, azuis e pretos. Resumindo: a perfeita tradução do clássico renovado.
E Roksanda Ilincic trouxe seus já esperados longos de cetim para a passarela com leves detalhes étnicos e muitos decotes V. Os vestidos coquetel também não fizeram feio e os complementos em pele e plumas deram um clima luxuoso ao desfile.