Num dia de pesos pesados da moda britânica, tradição e modernidade se encontraram, começando pela Pringle of Scotland com seus tricôs, peles e tweed em muitas peças de alfaiataria, incluindo pantalonas e capris. Nos detalhes, franjas nas barras dos casacos formando novas texturas.
Do lado da modernidade – e que modernidade – Christopher Kane fez mais um desfile de cair o queixo. A silhueta era simples, com muitos tubinhos pretos de lã, só que os acabamentos, tiras plásticas manchadas de várias cores funcionando como alças ou bolsos mostraram que o talento do escocês é mesmo enorme!
Outro relativo novo talento e vencedor do Vogue Fashion Fund é Erdem. Seu estilo romântico ganhou uma atmosfera mais dark com cores sóbrias e estampas que lembravam fogos de artifício. Nas formas, saias retas com fendas e um decote V profundo.
A Burberry é a marca britânica que melhor representa a união entre tradição e modernidade e desta vez transmitiu o desfile ao vivo no Picadilly Circus. Christopher Bailey pensou em Jean Shrimpton e outros ícones dos anos 60 para recriar trenches e casacos com botões grandes, em cores vivas (azul, laranja, vermelho, verde) ou xadrez, formas ovo e calças skinny. As peles também tiveram bastante espaço enquanto os casacos brancos do final eram acinturados com cintos fazendo laços.
Para finalizar, Paul Smith levou à passarela uma “bibliotecária chique”, com roupas emprestadas do guarda-roupa masculino, com muitas calças de prega, coletes, suéteres e blazers coloridos.