Burberry: o desfile transmitido ao vivo e até em 3D para convidados vips foi um dos melhores da temporada. Christopher Bailey trabalhou as tendências onipresentes (militar, jaquetas bomber) em belíssimos casacos e trenches, além de peças em tecidos repuxados, veludo e rendas. Os casacos militares apareceram mais longos ou mais curtos, com botões dourados e detalhes de zíperes e golas altas. As saias e vestidos eram acompanhadas de casacos de lã e pelúcia volumosos. Para completar, cuissardes em pele de cobra ou croco, daquelas que vão se tornar objeto de desejo. Mesmo cores difíceis, como ocre e mostarda, ficaram harmônicas entre preto, marrom, marinho, azul royal e fúcsia.
Nathan Jenden: o outono/inverno divertido do estilista era uma verdadeira selva com uma silhueta anos 80 e muitas estampas de bichos, zebra e leopardo principalmente, além de chapéus tipo camponês asiático. Plumas e tules completaram a festa que também teve looks mais leves em chifon rosa com estampas abstratas.
Jonathan Saunders: uma estudante da escola de arte foi a inspiração para esta coleção nostálgica. Cheia de elementos gráficos e referências esportivas, a silhueta era ampla, com casacos anorak, saias A, vestidos de cintura desabada ou retos com comprimento abaixo do joelho. As estampas eram em degradê, em forma de rosas ou bolinhas digitais. Na cartela, uma boa dose de azul hortênsia, vermelho, pêssego, cinza, branco e preto.
Basso & Brooke: Bruno Basso e Christopher Brooke foram para o Uzbequistão fazer a rota da seda. Daí veio a inspiração para muitas estampas com imagens de plumas, correntes, cristais e jóias. Apesar dos vestidos tubinho e longos dominarem o desfile, as calças e casacos, de vários formatos com golas altas, também marcaram presença.
Peter Pilotto: a marca, feita em parceria com Christopher De Vos, é mais um fenômeno londrino. Estampas digitais e modelagens bem trabalhadas fazem toda a diferença. Influenciados pela arquitetura modernista e a decoração dos anos 70, eles investiram em geometrias nos vestidos retos, com ou sem leggings, nos casacos de corte simples, usados com pantalonas, cheios de texturas. O guaxinim pendurado em certas peças deu o toque divertido, assim como a mistura de cores, que incluía laranja + cinza e marrons.
Issa: Daniella Helayel buscou nos anos 50 o mix entre rebeldia e “ladyness”, com looks que agradam tanto mães (vestidos longos, drapeados e casacos de pele) quanto filhas (mini vestidos, sobreposições, jaquetas matelassadas, ankle boots). Os vestidos estampados de desenhos geométricos estavam lá, claro, mas o destaque foi para o look: mega topete, óculos escuros, lenços na cabeça e luvinhas, além de Alice Dellal na passarela.