Na última segunda-feira, na Universidade de Harvard em Boston, um painel com Anna Wintour, Michael Kors e a top Natalia Vodianova foi palco de discussões sobre como a indústria deve lidar com a magreza das modelos. O assunto é complexo e tem causado polêmicas. Anna defendeu que a Vogue trabalha com meninas de diversos tipos físicos e evita as excessivamente magras. Já Michael afirma só contratar modelos acima de 16 anos para seus desfiles e campanhas e elas precisam ter a aparência saudável. Natalia deu seu testemunho sobre os problemas de saúde que enfrentou no início da carreira para se manter magra e defende um programa mais informativo sobre alimentação para as iniciantes no mercado.
Os recentes desfiles internacionais, com modelos mais “curvilíneas” nas passarelas da Prada, Louis Vuitton e Giles, e editoriais com meninas plus-size, entre elas Crystal Renn para a V, são um sinal que mudanças podem estar a caminho. Mas se você teve a chance de ler o depoimento de Kim Noorda na Vogue de abril, entende o que é a pressão de stylists, fotógrafos, agentes, etc, para terem modelos esqueléticas. Enquanto a mentalidade não mudar, nada efetivo vai acontecer.