Imagine se Papai Noel pudesse trazer pra você uma peça de nomes como Proenza Schouler, Narciso Rodriguez ou Giambattista Valli desfiladas recentemente e que só devem chegar às lojas a partir de fevereiro. A partir do ano que vem a chance de ganhar seu presente de Natal adiantado será possível graças ao Moda Operandi, o novo site de e-commerce de luxo idealizado por Aslaug Magnusdottir, ex-Gilt Groupe, e Lauren Santo Domingo, socialite nova-iorquina e colaboradora da Vogue.
O projeto vai funcionar da seguinte maneira: várias marcas que desfilam no circuito Nova York-Londres-Milão-Paris vão disponibilizar as peças de seus shows para os consumidores, 48 horas após suas apresentações. O cliente vai poder escolher o que quer comprar e pagar pela metade do modelo, que fica pronto e é entregue depois de quatro meses. Quem não gostar pode devolver e reaver o dinheiro. Durante os intervalos de lançamentos das quatro coleções anuais (primavera, resort, pré-fall e outono), o Moda Operandi vai oferecer joias e acessórios, além de conteúdos informativos, entrevistas e recomendações de profissionais.
As grandes inovações da empresa são diminuir a tão debatida distância entre desfile e chegada de mercadorias ao varejo e permitir que o consumidor faça a escolha direta do que quer consumir, sem ter que passar por varejistas que nem sempre compram toda a coleção de uma marca. Para as grifes, é a chance de vender até as mais conceituais criações, aquelas que sofrem adaptações para ter apelo comercial e funcionam só para efeito de show.
Não chega a ser um modelo de Crowdsourcing, mas é um bom exemplo do fortalecimento do consumidor dentro da cadeia produtiva e uma boa opção para o segmento de luxo vender online, já que para entrar no site você precisa ser convidado. Sem contar que os estilistas vão ganhar uma poderosa ferramenta de pesquisa pois vão saber imediatamente o que mais agradou os clientes. O lançamento do Moda Operandi será em fevereiro, a tempo da New York Fashion Week. Durante 2011, há planos para a expansão do conteúdo com aplicativos de redes sociais, compartilhamento de fotos e um closet virtual.
Ideias como essa nos enchem de esperança de ver uma boa renovação no varejo, não?