Yves Saint Laurent, Christian Dior, Miuccia Prada, Marc Jacobs... Todos criadores de moda maravilhosos, não é? Mas se não fosse por Pierre Bergé, Marcel Boussac, Patrizio Bertelli e Robert Duffy, respectivamente, talvez eles não estivessem no Olimpo da moda. Não por falta de talento, claro, mas porque sem alguém por trás para pensar o business da marca é muito mais difícil (ou quase impossível) ter sucesso.
Por mais incríveis que sejam as criações de um estilista, elas precisam ser vendidas e para isso acontecer alguém tem que planejar a grade da coleção, fazer contatos, pesquisar materiais, preencher planilhas, pagar funcionários. Resumindo, administrar. Nem sempre o designer tem a sorte de ter um sócio logo de cara para executar tudo isso, então ele mesmo tem que dar conta. O problema é que as faculdades (aqui e no resto do mundo) raramente ensinam princípios de gestão de empresas, então quando os recém-formados tentam construir seus negócios tudo fica mais difícil.
Mas há sinais de mudanças. Uma matéria do Wall Street Journal conta sobre a iniciativa bem-sucedida do CFDA em parceria com a Stern School of Business da New York University. Alunos do MBA da faculdade “adotaram” alguns novos talentos participantes da incubadora do conselho da moda americana. Durante dois anos os estilistas tiveram consultorias de negócios e participaram de um concurso que rende U$ 10.000,00 ao time que mostrar o melhor plano para a marca.
Seguindo as exigências do mercado, cursos de moda prestigiados como o do F.I.T, da Parsons e da Savannah College of Art and Design estão abrindo espaço na grade para matérias de gestão. Taí uma tendência que vale a pena ser seguida no mundo inteiro. Para o bem do futuro da moda!