Quando Marc Jacobs e Robert Duffy rasgaram as cortinas de papel e uma caixa com 55 modelos, entre profissionais e anônimas, foram reveladas, a mágica começou outra vez. Ao som de “Over the Rainbow” num ritmo lentinho, o clima nostálgico tomou conta do desfile. Mas longe de isso ser ruim, o que estava por trás do espetáculo era uma sensação de calma, algo que faz tanta falta atualmente. Marc queria resgatar um conservadorismo, claro que não de forma careta, mas exatamente como desejamos neste momento confuso: nada de excessos e nada ostensivo.
Por isso, a cartela era composta estritamente de cinza e nude, com apenas alguns toques de amarelo. Nas formas, muitos casacos, saias nos joelhos e abaixo, ternos, blazers, vestidos-camisola, peças em veludo, pantalonas, bordados de brilhos, muitas peles, tricôs e longos em degradê. Uma certa vibe grunge estava no ar junto com certos resquícios minimalistas também. No entanto, era justamente a falta de “novidades”, como Marc definiu, a grande novidade e o objeto de desejo desta coleção.
Ps: não consegui ver o desfile ao vivo ontem, talvez por excesso de audiência no site. Mas hoje a transmissão já estava normalizada. Vale a pena acessar www.marcjacobs.com e assistir.