Zac Posen: os tradicionais vestidões característicos do designer ficaram de lado e ele investiu, como os novos tempos pedem, num sportswear usável. O jet-set dos anos 70 e referências ao Art Déco estavam presentes nas peças de alfaiataria, de silhueta confortável, em tons terrosos e formas arquitetônicas. Florais e tons de vermelho apareceram em mini vestidos retos e de saias pregueadas, de veludo ou seda. As calças tinham corte boot cut, usadas com blazers ajustados. As peles, onipresentes na temporada, conferiram o ar decadente à coleção, inclusive nos sapatos que mais pareciam pantufas!
Carolina Herrera: um clima de opulência renasceu na passarela da grife, mostrando que a crise ficou para trás. Casacos de pele, calças pantalona, terninhos de tweed, chapéus, bordados de brilhos nos vestidos e cintura marcada foram as peças principais. No final, longos de modelagem sereia lisos, bordados ou estampados. Na cartela, tons vermelho, cinza e bege.
Carlos Miele: entre longos e vestidos coquetel, o estilista brasileiro apresentou boas peças – como os primeiros vestidos de cetim em diferentes cores. Porém falta a coleção uma certa unidade. Ele pode não trabalhar com um tema específico, mas entre casacos de pele e estampas gráficas a coesão necessária em um desfile acaba prejudicando o talento de Miele.
Donna Karan: são 25 anos oferecendo às mulheres um guarda-roupa enxuto e sofisticado. Para marcar a data, o outono/inverno veio essencialmente preto, com exceção da camisa branca, de um casaco roxo e de outras peças em cinza mescla, chumbo e azul. Texturas misturaram-se ao cetim, em modelagens esculturais e até mesmo futuristas. Vestidos dreapeados na gola e ótimos casacos provaram que a receita continua atual, mesmo após ¼ de século.