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Welcome to London, baby! Se você também sonhava em se mudar para a capital inglesa e agora o sonho está se tornando realidade, o mix de sentimentos é intenso. Quando chegamos, faltava 1 mês pro meu mestrado começar e a ideia era aproveitar este tempo para conhecer a cidade. Doce ilusão. Até conseguimos passear, mas também nos estressamos bastante pra resolver coisas básicas como abrir conta no banco, fazer o National Insurance, instalar internet… Mesmo conversando com amigos e conhecidos, cada um fala uma coisa diferente e no fim você fica ainda mais perdido.
Fiz este guia pensando exatamente em tudo que eu precisava saber e não me contaram. Se você está chegando em Londres como cidadão europeu ou com o visto de estudante, aqui tem o essencial para sua vida começar tranquila e ter tempo de sobra pra descobrir um cantinho especial no Hyde (Regent’s, St. James’, Battersea etc) Park pra chamar de seu!
Moradia: sim, é verdade que Londres é cara e está cheia de armadilhas. Por isso, o mais importante é não alugar nada sem ver antes, procurar corretoras sérias e saber se o aluguel inclui ou não contas como luz, gas e o Council Tax. Pagar um Airbnb por umas 2 semanas até fechar contrato é uma boa ideia. E na hora de fechá-lo, reflita bastante sobre a zona escolhida. Apesar do transporte público ser excelente, nem sempre morar em áreas mais afastadas sai tão mais barato pois o valor do Oyster aumenta e o tempo de deslocamento pode desanimar sua vida social. Ah, geralmente, os apartamentos já vêm mobiliados, pelo menos com o básico (cama, sofá, mesa…), mas invariavelmente você vai fazer da Ikea sua melhor amiga!
Obs: Clique aqui para ler sobre o lugar que moro, o Dolphin Square, que super recomendo
Conta no banco: sem abrir uma, fica impossível ter outras contas como celular, eletricidade, TV a cabo… Cada banco tem uma política diferente para abrir contas para estrangeiros. Geralmente, quem é cidadão europeu precisa levar o passaporte e o contrato de moradia, enquanto os estudantes precisam disso e de uma carta da universidade (é só pedir por email para o departamento responsável). Dica: vá a algumas agências próximas, converse com os gerentes e recepcionistas e decida por quem for mais atencioso e interessado em agilizar a abertura. Contas básicas são de graça e te dão um cartão de débito – o de crédito só rola depois de meses e o limite não é alto, então nem se anime!
Oyster Card: o cartãozinho mágico, que dá acesso ao metrô, ônibus, overground e várias linhas de trens. Você pode usá-lo de 2 formas: pagando por período (semanal, mensal ou até anual – ideal pra quem utiliza todos os dias) ou optando pelo modo Pay as You Go (bom pra quem não usa com tanta regularidade). A boa notícia pros estudantes com mais de 18 anos é que você tem desconto na tarifa mas é preciso fazer um cartão com foto. Ah, alguns cartões de crédito, débito e celulares podem substituir o Oyster, no sistema conhecido como Contactless Payments. As tarifas são as mesmas do Pay as You Go.
Council Tax: é o IPTU do Reino Unido e varia de acordo com o CEP. De novo, estudantes têm desconto mas é preciso enviar um documento oficial da universidade (também fácil de obter mandando um email)
Telefone, internet, TV por assinatura: bom, alguém ainda usa telefone fixo? Se você precisa de um, o melhor é fechar um pacote com a operadora de internet e TV a cabo (geralmente eles já empurram tudo junto, o que no fim acaba saindo mais barato). Algumas também oferecem telefone celular. Para avaliar o que é melhor, não tem jeito: tem que perder um tempinho pesquisando os sites ou indo nas lojas. Enquanto isso, compre um chip pro celular e pra ter acesso à internet…
Contas de luz e gás: nem sempre elas estão incluídas no aluguel e mesmo que estejam, provavelmente você vai precisar entrar em contato com as companhias para fazer seu registro. A maioria fornece os 2 serviços, o que já facilita a vida. O landlord ou a corretora vão passar os dados necessários para abrir a conta. Outra coisa: é bom enviar mensalmente o Meter Reading. Se você não fizer isso, as empresas podem calcular seu gasto baseado em uma média de uso que pode ser maior do que a real.
National Insurance Number (NINo): ele é uma espécie de CPF e a primeira providência a ser tomada antes de procurar trabalho, pois sem ele você não pode ser pago. Para fazer, acesse o site ou ligue para 0345 600 0643.
NHS: o atendimento médico é 100% gratuito no Reino Unido então tudo que você precisa fazer é acessar o site e fazer uma conta. Com o número em mãos, é hora de se registrar com o GP local, ou seja, a clínica médica do seu bairro. A busca pode ser feita online e depois só é preciso ir ao consultório fazer o registro pessoalmente, o que costuma ser rápido. (http://www.nhs.uk/Service-Search)
Se você tem outras dúvidas, deixe um comentário que tento ajudar no que for possível! E se já resolveu tudo isso e agora está em busca de trabalho em Londres, não deixe de ler este post.
Um comentário sobre “O Guia de Sobrevivência em Londres”