O Guia do Consumo Consciente

Falar de ecologia até alguns anos atrás era sinônimo de assunto chato. Aquela imagem dos militantes do Greenpeace ou qualquer reportagem das TVs internacionais sobre o desmatamento na Amazônia eram as primeiras coisas que vinham à nossa cabeça.  Mas isso era antes. Agora, pensar em ecologia é pensar em salvar o mundo para gerações futuras, é, no caso da moda, pensar em ética na produção de roupas e acessórios e, finalmente, é refletir sobre consumo consciente.

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Camiseta da Edun do projeto One, com Liv Tyler entre as celebridades que fizeram campanha

É claro que com a ajuda das estrelas de Hollywood, como Leonardo DiCaprio e Cameron Diaz, um documentário que rendeu um Prêmio Nobel a Al Gore, uma marca de camisetas (Edun) com Bono Vox e sua mulher, Ali Hewson, à frente e Stella McCartney, uma das estilistas mais celebradas da década, mostrando que ser ecologicamente correto não significa abrir mão do estilo, fica bem fácil falar sobre o assunto. Frivolidades à parte, a questão é séria e impossível de ser ignorada. A próxima década será a do consumo consciente, portanto, quem ainda não se preparou para isso está perdendo tempo e dinheiro.

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Stella e sua linha Care

Em recente palestra do Modalogia, falamos sobre a importância de pensar no meio ambiente na hora de criar roupas. O maior exemplo bem-sucedido é Stella McCartney, que não usa couro nos acessórios, utiliza tecidos orgânicos em algumas coleções e tem até uma linha de cosméticos naturais. A estilista declarou para Suzy Menkes que não é uma designer de moda descartável. “Acredito muito em criar peças que não serão queimadas, não irão acabar em ‘lixões’ ou vão prejudicar o meio ambiente”, completou. A própria Suzy em sua coluna no IHT determinou: “O destino do planeta está se tornando uma questão mais importante que os escândalos das celebridades.”

Outro sinal de que uma nova mentalidade está surgindo veio de improváveis fontes. Bernard Arnault, presidente da LVMH, e François-Henri Pinault, da PPR, também estão pensando “verde”. O primeiro já declarou seu interesse em incorporar grifes ecologicamente corretas e focadas em trabalho ético. Os rumores dão conta que esta marca seria a Edun, de Bono e Ali Hewson. Já François, que detém o controle da Stella McCartney, Alexander McQueen e Gucci, entre outros, financiou um documentário chamado “Home” sobre a degradação do planeta e já estuda, junto com Frida Giannini da Gucci, formas de reciclar couro e camurça.

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Os bolsos intercambiáveis da Gridlock

Concluindo, é hora de ter responsabilidade e agir. Se você é consumidor, comece a questionar a origem das roupas que você compra. Como são feitas, onde são fabricadas, como os empregados da marca são tratados e qual é o impacto ambiental da produção. Adote idéias simples, como reciclar o jeans (cujo processo de lavagem é dos mais poluentes) e transformá-lo em capas de móveis, por exemplo, ou comprar apenas novos bolsos em vez de calças novas. Promova bazares entre amigas e use sua criatividade para modificar peças fora de uso.

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A JBrand e a Replay já investem em jeans ecólógicos

Se você é produtor ou fornecedor, invista em formas sustentáveis de produção, no trabalho ético e mostre para o seu consumidor que roupas ecologicamente corretas não são sinônimo de roupas caras. Por fim, siga mais uma dica de Stella McCartney: “É tarefa dos estilistas pensar diferente agora. Pergunte-se como você faz aquele vestido, que materiais está usando e tente fazer diferente. Acho isso muito mais interessante.”

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