O Prêmio Rio Moda Hype chegou hoje à sua 13ª edição, onde dez novos estilistas mostraram suas coleções para o inverno 2011. Com mais de 100 looks na passarela, o desfile se dividiu em dois blocos, com um intervalo de 30 minutos. Dos dez estilistas, quatro apresentaram peças unissex, três com peças femininas e três com masculinas.
Akihito Hira: o estilista usou e abusou de tecidos sustentáveis, como malha de algodão, bambu e couro ecológico, em modelagens amplas e ajustadas. Intitulada “Samurai Gendai”, a coleção mostrou uma análise de relações humanas em um futuro próximo, onde as pessoas criarão armaduras corporais. Na cartela de cores, muitos tons de cinza, azul petróleo e preto.
Dobra: estreantes dessa edição, os estilistas Antonia Guedes e Raquel Álvarez trouxeram a coleção “Metamorfose”. Com modelagens amplas, drapeados, alfaiataria e inspirações em underwear, as peças conseguiram demonstrar a inspiração da marca, o estudo em mudanças de conceitos, tendo como base a cidade maravilhosa, o Rio de Janeiro. Na cartela de cores, marrom, mostarda, cinza e preto.
Lucas Magalhães: o designer gráfico e agora estilista, estreou nas passarelas com a coleção “Responsive Eye”, inspirada e desenvolvida em conceitos da Optical Art. Com modelagem ajustada feita em malha e tule, os looks ficaram excepcionais, nos dando a sensação de ter pinturas tridimensionais estampadas nos corpos das modelos. Nude, preto e cinza foram as cores escolhidas para o próximo inverno.
Blash: amantes da arte Naif, os estilistas Beto Lima e Renata Ramos escolheram a temática poluição e consumismo, para a coleção inverno 2011. Chamada “Propaganda: A Alma do Negócio”, a coleção trouxe uma modelagem ajustada, mas com efeito de volume, em malha, gabardine, brim resinado e misturas com verniz. As cores variaram entre azul, amarelo, rosa e preto.
Julia Valle: com um nome curioso, a coleção “TNWMLC”, que significa desconforto, mostrou uma modelagem bem diferente, as formas foram determinadas pelos movimentos traçados em layouts de tecidos. A seda, linho, algodão, viscose e lã foram os materiais escolhidos para esse imaginário estético da coleção.
Alisson Rodrigues: a coleção “Entre Sonhos e Delírios” foi inspirada nas mais diversas histórias e personagens, onde é necessário sonhar. Humanizando a loucura e idealizando o heroísmo, a coleção trouxe peças feitas em flanelas, veludos, peles ecológicas, nylon e plush, mixando formas amplas com formas ajustadas, além de maravilhosos drapeados e pregas.
Estúdio Frame: a coleção é dedicada aos amantes da arte e das ruas, figuras nascidas na modernidade. A “Flaneur” levou à passarela, muito confortabilidade, marca registrada da estilista, que adora trabalhar com malharia e peças desconstruídas. Os tons eram variados de cinza, preto e estonados verdes e vermelhos. Destaque para os cachecóis feitos em malha, com terminações de nós.
Sampler: com modelagens experimentais, a coleção “Doppelganger” propôs um cruzamento de estilo, a elegância da alfaiataria com a praticidade da moda esportiva. Com uma grande predominância de tons cinza e mesclados, as amplas e confortáveis modelagens, além de shapes estruturados, fizeram a coleção ser interessante, mostrando descompassos, simetrias e espelhamentos.
Soddi: o estilista da coleção “Um Homem de Fragmentos” traz um corpo masculino desenhado, com volumes pontuados, inusitados recortes e pregas. Inspirada nos andarilhos urbanos, na sua poesia e inteligência, forma o público alvo, um homem reconstruído por fragmentos da natureza material e sentimental. Na cartela de cor, marrom, bege, cinza e preto.
Martins Paulo: “Cats” trouxe para a passarela peças com recortes interessantíssimos, com sinuosos movimentos. Martins mesclou formas geométricas e rígidas com fluidez, viajando pelo universo do clássico musical. Muita malha e tecidos de algodão traduziram perfeitamente sua idéia, com uma cartela de cor alegre, com turquesa, violeta, vermelho, azul e grafite.