A temporada italiana começou em clima nostálgico com Frida Giannini dando continuidade à releitura do trabalho de Yves Saint Laurent iniciado na última primavera. Desta vez foram os anos 40 via 70 que inspiraram a estilista da Gucci e apesar do tema não ser nada original ela criou uma das melhores coleções de sua carreira, começando pela bela cartela de cores, em tons vivos de jade, turquesa, laranja, vermelho e roxo, além de vinho, mostarda, cinza e preto. Os chapéus fedora deram um ar misterioso enquanto as muitas peles (em casacos e estolas) garantiram a sofisticação. No mais, muita alfaiataria em calças pantalona de flanela, blusas de gola laço fluidas, vestidos de chifon sobre lingerie aparente e um couro envernizado – liso ou com estampa de pele de cobra. Nos pés, sandálias meia pata ou botas de cano alto e para quem ainda apostava na baixa das it bags, uma nova forma de usá-las: duas de uma só vez, sendo uma no ombro e outra nas mãos!
A nostalgia também imperou na Alberta Ferretti que misturou anos 60 com barroco num desfile um pouco confuso. Entre tubinhos, túnicas e capris com estampas psicodélicas e cuissardes, apareceram também longos de tecido brocado e os já famosos vestidos etéreos da grife.
Outro destaque do dia foi a No 21, de Alessandro Dell’Acqua, com um jogo de esconde-mostra que incluía rendas, tricôs e transparências. Nas formas, saias lápis, suéteres e trenchs que lembravam roupões.