A semana de moda de Milão se encerra com desfiles de grandes nomes do segmento.
Dolce & Gabbana – A estilista italiana Elsa Schiaparelli foi a inspiração do inverno Dolce & Gabbana 2009. As referências ao universo de Elsa, famosa por suas criações surrealistas, apareceram nos ombros volumosos cheios de pregas, nas luvas que viraram chapéus e cachecóis e no perfume de anos 30 e 40 que permeou a coleção. E nas peças rosa shocking, como ficou conhecida a cor preferida da estilista. O estilo Dolce & Gabbana, porém, não ficou de lado. Desfilaram na passarela os vestidos de estrutura de corset inspirados na lingerie, outros justos com transparências e rendas, além dos vestidos com crinolinas exageradas. Marylin Monroes também não ficou de fora, estampando saias e peças bem-humoradas, como Elsa Schiaparelli faria.
Versace – Despida de tantos excessos, a Versace apresentou um inverno comedido que aposta nos metalizados em tons de preto, cinza e azul. Muitas calças skinny com bolsos laterais, ótimos casacos-vestidos e trench-coats de ares modernos. Donatella não esqueceu os vestidos fluidos cheios de drapeados, decotes, fendas e recortes, peças-chave do universo Versace, que deixam qualquer mulher sexy. Vermelho, rosa e tons de pele apareceram no final da apresentação.
Fendi – O inverno da Fendi conjuga luxo e praticidade, numa mistura de materiais que une peles, couro e veludo. A silhueta segue a linha dos ombros quadrados e a geometria aparece em vestidos, casacos e jaquetas com certo ar déco. As cores neutras dão o tom da coleção, em peças que vão do preto ao cinza, do marrom ao camelo.
MaxMara – Clássico é a palavra de ordem do inverno MaxMara, que botou na passarela trench-coats de alpaca e cashmere de corte impecável e apresentou uma coleção irretocável, cheia de peças atemporais que devem agradar às mulheres sofisticadas e muito, muito chiques.
Francesco Sconamiglio – Babados e dobraduras descem pelas mangas do inverno de Francesco Sconamiglio enquanto os chapéus nos fazem lembrar os elegantes guardas londrinos. O desfile é de pretos e dourados, de alguns exageros, de saias que parecem apenas um grande laço de origami. Sensual para poucas.
Dsquared2 – As modelos entram na passarela da Dsquared2 bebendo cafés Starbucks, checando seus telefones Blackberry, deixando jornais saindo das bolsas, usando fones de ouvido e eventualmente fumando um cigarro, nos remetendo imediatamente aos flagras de celebridades pelos papparazzi que tanto vemos em revistas. O hi-lo e o mix-and-match ditam o styling, que acabou chamando mais atenção que a coleção em si. Muita sobreposição, mistura de cores, estampas de onça combinadas ao xadrez e uma profusão de cahecóis são as apostas da marca para um inverno comercial, prático e urbano.
Pollini – O clima eqüestre deu o tom do desfile da Pollini, marca italiana que tem suas origens na produção de calçados. As estampas típicas de lenços, aquelas de arabescos encaracolados, apareceram coloridas e localizadas ou aplicadas em vestidos curtos, foram o ponto alto da coleção. Os ombros volumosos também estavam lá, formando a silhueta do momento.