Raf Simons pode ser o novo estilista da Dior ou ter sua própria linha feminina (ele já tem a masculina). Não importa. O importante é que ele é um dos melhores estilistas do momento e mereceu ser aplaudido de pé, com direito a bis, ao se despedir do cargo na Jil Sander.
É claro que o peso do anúncio de sua saída deixou todo mundo emocionado, mas a coleção deve figurar entre as melhores da temporada porque de fato foi absolutamente impecável. O resgate da alta-costura dos anos 50 é um tema que ele vem explorando muito bem há algumas temporadas e agora chegou em seu auge. Começando pelo lindo cenário, com flores em caixas de acrílico espalhadas pela passarela e seguindo, claro, com as roupas perfeitamente modeladas e a cartela de sonhos, que ia do rosa bebê ao vermelho, passando por nude, cinza e preto. Casacos com assimetrias estratégicas se misturaram aos looks sensuais de tomara-que-caia corseletados e saias midi, além de um macacão de cintura alta e vestidos com vazados na barriga. Tudo digno de uma estrela de cinema e das mulheres mais chiques do mundo, aquelas que povoam nosso imaginário e inspiram fantasias… Não é pra isso que existe a moda? Ainda bem que a gente tem Raf Simons!