Quando John Galliano assumiu o posto da Dior no fim da década 90, não havia dúvidas de que ele revolucionou a marca com seu estilo extravagante. Mas verdade seja dita, nos últimos anos seus desfiles já não empolgavam quanto antes. Seu afastamento da grife, ainda que lamentável, trouxe a oportunidade para a Dior se reinventar. No desfile de alta-costura em julho, Raf Simons já tinha mostrado que era a pessoa certa para a tarefa. Agora, com sua super aguardada estreia no prêt-à-porter, Bernard Arnault pode vislumbrar os $$$$ crescentes no balanço anual. A Dior retomou seu merecido lugar!
Na nova fase, minimalista e chique, a identidade de Christian Dior nunca esteve tão contemporânea. Há peças para o dia, para a noite, para o trabalho, para festa e, claro, para o red carpet. Peças para celebridades e mulheres reais.
O desfile começou com releituras de smokings pretos, com lenços coloridos no pescoço. Alfaiataria impecável – uma das marcas registradas de Raf. Mas ele também sabe que é preciso investir no que é feminino e sensual, por isso criou vestidos-casaco e muitos vestidinhos soltos com lindos tecidos brilhosos em tons pastel. Impossível não vislumbrar muitas it girls caindo de amores pelos modelos listrados, pelos looks monocromáticos com mullet lateral (sim, como na Balenciaga, ela é aposta séria) e pelos decotes tomara que caia leves, diáfanos… jovens!
O glamour da grife também reside nos longos de “baile”, que ganharam frescor com blusas pretas e saias com rosas estampadas com os tais tecidos brilhosos sobrepostos. Nos pés, scarpins pontudos e sandálias metálicas (mesmo material dos cintos), enquanto nas mãos, releituras comportadas da Lady Dior, afinal, a mulher Dior é acima de tudo uma lady do século XXI! Seja lá o que isso signifique!
Ps: a maquiagem foi uma das mais incríveis da temporada, com sombras coloridas e aplicações de cristais nos olhos!