As marcas de peso finalmente começam a mostrar suas propostas para o inverno, começando por mais um incrível desfile da Balenciaga by Nicholas Ghesquière. Com Miranda Kerr (que desfilou grávida na temporada passada) e algumas tops das antigas como Stella Tennant, a coleção foi um exercício de formas e materiais, um verdadeiro jogo de perspectivas graças aos volumes, pregas e texturas. O couro fake apareceu em vários looks, em blocos de cores, ou num trançado interessante, funcionando como coletes por cima de vestidos estampados de flora e fauna. As calças skinny tinham duas cores, sob túnicas fluidas ou jaquetas de ombros arredondados. Para completar, a cartela de azul, violeta, pink e prata reforçava o recado de Nicholas, que é um mestre do cruzamento entre o orgânico e o tecnológico.
Na Balmain, mais um motivo de especulações durante essa tão agitada temporada: Christophe Decarnin não apareceu pois aparentemente estava em casa se recuperando de uma exaustão e os médicos proibiram qualquer tipo de atividade. Apesar dele ter desenvolvido a coleção, a mão de Melanie Ward, stylist que substituiu Emmanuelle Alt, agora editora-chefe da Vogue francesa, pesou bastante. Os looks sexy e nada discretos continuam lá mas aquela sensação de mesmice das temporadas passadas foi embora. Com calças corsário de barra italiana (que só ficam bem nas muito magras), sobre botas, jaquetas e blusas de decote super V, mini vestidos e túnicas bordadas com uma espécie de passamanaria de brilhos, e muitos tons metálicos, as peças continuam agradando em cheio às clientes da marca.
E Peter Copping, na Nina Ricci, fez uma sofisticada e romântica coleção inspirada em pintores como Jonh Singer Sargent, com fortes toques vitorianos. Alguns looks, como os de veludo, ficaram pesados demais, porém os de tons pastel eram femininos na medida certa, com tailleurs, casacos ¾, rendas e detalhes de peles nas barras e golas.