Christian Dior: Lauren Bacall foi a inspiração para um passeio pelos filmes noir dos anos 40. John Galliano trabalhou trench-coats e jaquetas de cintura marcada misturando-as às peças leves, leia-se lingerie e transparências, aos corselets e sutiãs expostos que ele trouxe da coleção de alta-costura (e que são a tendência dominante da temporada). Então, as femme fatales deDior usam mini saias de tule bordadas, calças skinny, peças metalizadas e cores como roxo, pink, azul bebê e nude.
Vivienne Westwood: sua eterna rebeldia apareceu nas mensagens políticas estampadas ou aplicadas em peças de cores caóticas, vestidos com muitos babados e camisetas sobrepostas.
Martin Margiela: só em Paris é possível ver uma coleção inspirada em Post-its! Com direito a camisas, chemisiers e vestidos-coquetel com aparência de papel, amassados, dobrados, rasgados… ou então coletes que parecem salva-vidas, de ombros inflados, em cores fortes (turquesa e verde) ou com estampas de praias e lagos. Ainda bem que existe a Maison Margiela para vermos sempre a moda sob outros ângulos…
Lanvin: recentemente, Alber Elbaz disse em uma entrevista que ninguém mais quer trabalhar como costureiro ou modelista, as pessoas só querem saber do glamour da moda. Nesta coleção, ele provou como esses profissionais são essenciais e que o glamour é apenas uma conseqüência deste trabalho. A grande diferença de Elbaz é que ele cria para mulheres possíveis, aquelas que precisam de roupas que as deixem bem-vestidas e aparentando a idade real e não menininhas. Vestidos coquetel com drapeados perfeitos ou babados bem localizados, macacões plissados, amassados, tailleurs com transparências controladas, blazers sem manga…enfim, estava tudo lá. O trabalho torna-se mais impressionante quando vemos que tudo foi criado em tecidos sintéticos, como o poliéster e em couro. Isso sim é ser um fashion designer!