Semana de Paris: dia 06/10 – Chanel, Chloé, McQueen e Valentino

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Chanel: em mais um espetáculo memorável, Karl Lagerfeld nos levou em uma viagem ao campo, com “camponesas” vestindo tricôs, tweeds e crochês, mini tailleurs com jaquetas de vários comprimentos e texturas, mini saias retas ou armadas, algumas pantalonas e skinnies, transparências nos longos delicados em preto (que lembravam a coleção resort) e rendas. A vida rural da Chanel tem um clima Maria Antonieta, com seus tons pastel e peças ricamente bordadas. Com certeza, se a rainha vivesse hoje iria se jogar na coleção!

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Chloé: a última fronteira dos anos 80 foi furada: calça fuseau!!! Hannah McGibbon colocou as terríveis calças de pezinho na passarela sem, no entanto, fazer nenhuma alusão aos anos 80. Na verdade, a coleção foi inspirada numa mulher nômade, livre, que precisa de roupas práticas e confortáveis para viajar pelo mundo. E assim foi com os blazers alongados, as calças de pregas (com ou sem o “pezinho”), as camisas, as sandálias rasteiras (algumas com polainas!) e as bolsas transpassadas. Tudo emprestado do guarda-roupa masculino e em tons de bege e cáqui. No fim do desfile, a garota Chloé volta à sua essência feminina usando belos vestidos semitransparentes em camadas ou plissados.

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Alexander McQueen: em sua terceira coleção explorando a origem da vida e a evolução da espécie humana, e recebida com grande expectativa pois uma parceria com o ShowStudio possibilitou a exibição ao vivo do desfile, começando com um vídeo de Raquel Zimmermann se enrolando em cobras, o estilista mais uma vez conseguiu impressionar a platéia. Intitulada de “Plato-Atlantis”, sua primavera/verão contava a história de humanos que voltam para o oceano devido às mudanças provocadas pelo aquecimento global. E elas vestem mini vestidos que unem o corte único de McQueen à sua capacidade criativa de desenvolver estampas digitais. Os desenhos pareciam unir peles de vários animais em cores que iam do verde ao marrom. Algumas calças também apareceram em preto e imitando peles de golfinhos e tubarões, assim como mini saias cortadas em tiras. Os sapatos “tatu” eram impressionantes e até agora não sei como as modelos caminhavam naquilo! McQueen sabe muito bem criar um espetáculo. E sabe melhor ainda como empurrar a moda para frente.

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Valentino: Maria Grazia Chiuri e Pier Paulo Piccioli finalmente encontraram o caminho e deram sua cara à marca. Inspirados em contos de fadas, jardins secretos e até mesmo “Alice” eles trouxeram uma coleção leve, romântica, jovem e sofisticada, com muitos vestidos coquetel, organza, laços, babados, flores aplicadas, shorts delicados e até estampa de orquídeas negras. Alguns longos apareceram no final, mas os curtos dominaram, em uma cartela de nudes, cinza, lilás e um pouquinho de preto. Val agora pode respirar aliviado: sua grife está em boas mãos!

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