Valentino: depois de algumas temporadas complicadas, Maria Grazia Chiuri e Pier Paolo Piccioli parecem estar acertando a identidade da grife. O estilo é mais jovem porém a sofisticação e a feminilidade estão lá, tanto que o próprio Valentino aplaudiu a dupla. Com leves referências aos anos 70, sobretudo nas golas amarradas por laços e nos longos retos do final, a coleção trouxe também muita transparência, babados, rendas, comprimentos curtos em saias e shorts, cintos finos marcando a cintura e uma cartela de neutros, com preto, branco, nude, um pouco de rosa e vermelho.
Alexander McQueen: o desfile mais esperado de toda a estação não decepcionou. Sarah Burton (que devia estar sentindo uma pressão incalculável até a primeira modelo pisar na passarela) soube homenagear seu ex-chefe, retrabalhando hits passados, mas também conduziu bem sua visão sobre a marca daqui pra frente.
O desfile, que teve leve inspiração no paganismo britânico, começou com peças de alfaiataria, incluindo calças mais curtas e casacas com babados nas golas. Logo depois entraram as estampas pintadas à mão em vestidos de saias armadas. As penas das estampas se repetiram em uma jaqueta remotamente militar. O couro retalhado, formando desenhos de flores era magnífico e os looks pretos foram quebrados pelas plumas nude em mais mini vestidos que destacam o quadril. A parte final foi dos longos – fluidos e estampados com cintos elaborados ou volumosos e formando um degradê do preto ao branco.
Quando a última modelo, usando um vestido inteiramente de plumas, saiu e Sarah entrou para receber os aplausos, um suspiro de alívio parece ter rodado a sala. A herança de Alexander McQueen não poderia estar em melhores mãos. God save Sarah!