Viktor & Rolf: a dupla holandesa sempre tem uma carta na manga na hora de projetar seus desfiles. Desta vez, Kristen McMenamy (que desfilou pra Calvin Klein nesta temporada) serviu de boneca para os estilistas vestirem e despirem enquanto o show rolava. Um clima esportivo de luxo, com anoraks, peças com zíper, cordas e muitos bordados de cristais e metais marcaram a coleção que teve ainda casacos de pele, vestidos tomara-que-caia e leggings bordadas. Esta foi também a mais comercial das linhas da marca em anos.
Jean Paul Gaultier: uma versão fashion do “It´s a small world” da Disney é a melhor definição deste outono/inverno do estilista. Como ele já está acostumado aos temas étnicos sabe como evitar as armadilhas de tudo parecer figurino. Assim, do Alaska à Ásia havia referências para todos os lados: jacquards orientais, calças harem, florais de rosas espanholas, colares, turbantes e tricôs africanos, xadrez vichy… Mas no meio disso tudo, estavam lá blazers risca-de-giz e peças esportivas que funcionam em qualquer lugar do mundo.
Comme des Garçons: Miuccia Prada deu luz à discussão sobre a volta das curvas femininas em seu desfile. Será que Rei Kawakubo também tinha uma mensagem desse tipo por trás de seus looks “boneco da Michelin”? Muitos enchimentos aumentaram consideravelmente os volumes de casacos, vestidos, blazers e saias da coleção. Mas não há nada de novo aí, já que a estilista adora brincar com proporções. Na cartela também estavam suas marcas registradas: preto, branco, cinza, marinho e xadrez.