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Experiências sensoriais no varejo não são novidade. Iluminação, ambientação, aromas e músicas que ajudam a compor o universo da marca são práticas que já viraram padrão e existem ótimos exemplos por aí. Uma das primeiras palestras que tive no mestrado falou especificamente da experiência sensorial com sons – e não estou falando apenas em trilhas sonoras.
É claro que a seleção musical faz toda diferença. Quando ela é feita corretamente, pode fazer com o que o cliente fique mais tempo dentro da loja. Se for em uma campanha, pode até transformar a percepção sobre a marca. Comerciais como este aqui da Levi’s, por exemplo, com “Be My Baby” na trilha, ajudaram a reposicionar a empresa (a estratégia começou nos anos 80 com esta campanha).
No mercado de luxo, a Dior acertou em cheio ao escolher “Enjoy the Silence” do Depeche Mode para o video “Secret Garden” (não dá vontade de ficar dançando no jardim???) e a Gucci ao escolher “Heart of Glass” para o comercial do perfume Gucci by Gucci.
E se a marca fosse além da música e estabelecesse um som? A Burberry, por exemplo não tem tudo a ver com o barulho da chuva? Basta lembrar que o trench-coat é a peça ícone da marca e o (mau) tempo uma obsessão inglesa! Então, toda vez que você ouvir o barulho da chuva vai lembrar da Burberry… isto é sound branding!
Fico agora imaginando como seria o som de algumas marcas: Tiffany – o som de uma celebração, Manolo Blahnik – o barulho do salto ao caminhar, Ralph Lauren – o taco de Polo batendo na bola….