Quando se fala em inspiração, tem-se que ter em mente uma linha de pensamento que gera uma idéia muito maior. Pelo menos é assim que vejo a coleção da Maria Bonita e sua inspiração tirada das feiras populares. Delas, a marca pegou as caixas de madeira de seu cenário, os materiais rústicos usados nas roupas e o colorido das frutas, legumes, verduras e temperos transposto para a cartela. Misturando tudo isso, chegou-se a uma coleção moderna, de formas confortáveis.
A palavra de ordem era uma silhueta folgada, larga, como se viu nas calças de cós baixo (que tinham um quê de sarouel) e nos macacões e bermudas. Até mesmo as regatas e blazeres, mais longos que de costume, eram mais soltos. Nem sequer os vestidos se preocuparam em delinear as formas femininas – estas só foram vistas nas barriguinhas de fora de alguns looks.
A graça da coleção se deu nos tecidos de telas produzidas em tear com fios de algodão, linho e ráfia, que conferiram toques de transparência às roupas. E também na multiplicidade de cores – marrom, mostarda, laranja, verdes, azuis – e, claro, nos acessórios: bolsas gigantes, sapatos bicolores, estampados de xadreze até com certa transparência.
Fotos: divulgação