Já pelo convite – uma espécie de dobradura verde clarinha – dava para pensar em alguma coisa relacionada a muito verde, mato, selva. E não deu outra! O tema do desfile foi realmente a simbiose da mulher com uma natureza sombria e densa, que estimula as raízes femininas a ficarem mais afloradas na selva urbana da consumidora Animale. E para explorar o tema, muita seda, algodão com aplicação de resina que dá uma cara empapelada ao tecido, mantendo as características naturais do tecido, conferindo volume a alguns looks e garantindo a construção perfeita das peças de alfaiataria. Isso, sem esquecer as entretelas de látex orgânico presentes nos tricôs e nas áreas de transparência, ou do couro – fininho – característico da marca.
A silhueta predominante é assimétrica, com pregas, dobras e recortes (deixando ver pedaços de pele); já as cores, terrosas – verdes (musgo, folha), marrons, ocre, cinzas, beges e preto. A top número 1 do mundo, Rachel Zimmermann, encabeçou o casting de peso (composto, ainda por Ana Beatriz Barros, a norueguesa Siri Tollerod, Ana Cláudia Michels, Jeíza Cheminazzo, Bruna Tenório, Bárbara Berger, Gracie Carvalho e Diane Conterato), que deu a cara certa desta poderosa coleção.
Fotos: site spfw