Os vestidos de André Lima são esculturais, exigem um caminhar vagaroso e um corpo em dia pra sustentar as cinturinhas justas e os detalhes bufantes de laços, amarrações e dobraduras, algumas que lembram origamis.
Poucas peças são para o dia a dia, e mesmo as mais cotidianas exigem uma mulher muito chique que aprecie boa costura, como a saia de cintura alta e babadinho nas costas, a camisa de organza transparente com amarração na gola ou os vestidos curtos estampados.
O tule surge dando volume a vestidos com que toda mulher sonha, tanto o roxo ombro só quanto o que lembra duas cúpulas de abajour sobrepostas, um tomara-que-caia preto plissado.
As modelos entram para o agradecimento e tomam a passarela fazendo poses. Parece um baile. André Lima entra sorridente, sabendo que encerrou o penúltimo dia de desfiles com classe. Perdoamos até a trilha sonora com música de Whitney Houston, enfim, deve ter alguma poesia oculta nisso!
Por Julia Wahmann