Lino Villaventura é um criador de moda, no mais amplo sentido que a palavra possa ter. E, como tal, uma de suas ferramentas mais preciosas é a imaginação – que, desta vez, o próprio Lino admitiu ter sido a fonte inspiradora para esta coleção que é, por si só, sublime. E como diz o ditado, a imaginação possui asas, assim como suas roupas: penas de asas aplicadas nas roupas, nos altíssimos peep toes, presas nos cabelos das modelos… E não é só isso – as asas de borboletas, (além de estarem presentes em apliques), também influenciaram na escolha de tecidos que geram certa translucidez e efeito furtacor e possuem bastante textura como seda, organza, gaze, tule e rendas. Sem esquecer as aplicações de cristais, plumas, miçangas… nas roupas e nos sapatos.
O comprimento ideal – na altura dos joelhos – está bem definido nos vestidos, que apresentam volumes bem estruturados ou nos mais sequinhos e fluidos. Para complementar o visual, meias grossas 7/8 opacas ou coloridas e, se o vestido for realmente mais formal, meias finas. Atenção para o acessório pelo qual toda a sala suspirou: os chapéus. Grandes, rígidos – de um jeito não obvio me fizeram pensar em Elsa Schiaparelli. (Amei!)
Para os homens, calças de cintura alta, largas e pregueadas (estilo pantalona mesmo), cheias de movimento, presas por suspensórios (da maneira tradicional ou apenas de um lado). Camisas mais secas, paletós retos ou levemente acinturados, e blusas de gola mole, caídas no peito.
Fotos: Agência Fotosite