V Magazine Dedica a Edição de Janeiro às Modelos Plus Size

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O assunto sempre gera polêmica. Em um mundo onde corpos anoréxicos são cultuados como padrão de beleza e desejados como modelo de perfeição, finalmente, as coisas parecem estar mudando e a ditadura da magreza parece estar com os dias contados. A mídia especializada tem, cada vez mais, admitido outras formas de beleza, abrindo portas para as modelos plus size, mulheres gordinhas, bem diferentes do biotipo exigido pelo mercado fashion, mas que mais se assemelham às mulheres reais, e vem ganhando cada vez mais espaço em campanhas e editoriais de moda.
“Todo corpo é bonito e essa edição vem para provar isso”, diz Stephen Gan, editor da revista V Magazine, que reforça a questão na edição de janeiro de 2010, com matéria dedicada à elas, abrindo precedente para uma visão mais democrática da beleza e consequentemente, da moda.
As modelos, incluindo Crystal Renn, aparecem vestidas e nuas, em fotos clicadas pelos conceituados fotógrafos: Terry Richardson, Bruce Weber, Karl Lagerfeld, entre outros. O sempre polêmico, controverso e ácido Karl disparou: “Ninguém quer ver gente cheinha. Isso é coisa dessas gordas, que ficam sentadas diante da TV com seus sacos de batata frita, dizendo que as modelos magras são feias”, disse, destilando o seu veneno.
A revista Glamour fez ensaios semelhantes, na edição de setembro de 2009, a modelo Lizzie Miller, fez um discreto ensaio nu, em pose que evidenciava as gordurinhas da barriga, ilustrando um artigo criticando a cruel ditadura da magreza e destacando a importância de gostar do próprio corpo, assim como ele é. A matéria teve grande repercussão: os leitores da revista não gostaram de ver uma gordinha nua em sua publicação, mas também recebeu muitos comentários positivos pelo feito, com isso, resolveu repetir a dose, e na edição de novembro desse ano, em mais um ensaio,  seis modelos nuas e fora dos padrões que o mercado de moda exige, foram clicadas pelo fotógrafo Mathias Vriens.

Isso tudo é sensacional, mas e depois? Será que a revista vai incorporar esses novos valores e ideais estéticos no conceito de seus editoriais e publicações, daqui por diante?

Agora é aguardar a V Magazine de janeiro, que promete quebrar tabus, mostrando que a beleza pode estar em diversas formas e que se gostar é fundamental, não importa o tamanho do seu manequim. Por um mundo de mente mais aberta, livre de rótulos e preconceitos, valorizando as diferenças!

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