Vida de Estagiária


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Todo mundo sabe que um estágio é uma das melhores formas de ganhar experiência e se inserir no mercado, independente da área de atuação. No entanto, meu foco aqui é refletir sobre uma outra questão: em um momento de mudança (de vida ou carreira), vale a pena estagiar mesmo sendo experiente?

Ironicamente, nunca fiz estágio no Brasil e antes de me mudar para Londres, coordenava uma equipe com 3 estagiárias. Porém, durante o mestrado, achei que seria uma ótima forma de abrir as portas para o mercado (fora que a carga horária do curso, com aulas 3 vezes por semana, me impedia de trabalhar full time).  Voltei várias casas no jogo, mas de coração aberto encarei ser estagiária pela primeira vez na vida.

Em termos de aprendizado técnico, as 2 experiências iniciais não me acrescentaram praticamente nada, mas foram legais para observar o ritmo e a ética de trabalho daqui, além de contar pontos no meu currículo. Até que minha terceira experiência me fez repensar tudo. Sou totalmente contra estágios não remunerados mas aceitei pois seriam apenas 2 semanas, trabalhando em uma área que me interessa muito. Além disso, consegui a posição de um modo bem informal, através de uma troca de e-mails, e fiquei toda feliz ao exercitar o networking. Pensei que no mínimo ia fazer novos contatos e ganhar uns insights sobre o tal segmento. Doce ilusão.

No melhor estilo “O Diabo Veste Prada” basicamente o que fiz foi servir café e chá, comprar almoço para a equipe, ir no correio, colar etiquetas nos produtos e encaixotá-los. Abreviei as 2 semanas em 4 longos dias em que contava os minutos para ir embora. Definitivamente, não precisava passar por isso.

Essa má experiência me fez refletir também sobre algumas diferenças culturais. Por causa da herança colonial do Brasil, normalmente essas tarefas que não requerem qualificação são feitas pelo office boy, secretária ou copeira. Até onde sei, estagiários, mesmo na bagunça que é o mercado de moda, exercem tarefas básicas, mas ligadas às suas aptidões e áreas de estudo. Aqui, no resto da Europa e nos EUA, não é assim. Estagiário é pau pra toda obra e pronto. Não importa se tem experiência prévia, nem diploma de mestrado. É claro que nada impede que você faça coisas relativas à sua formação (nos meus 2 primeiros, fazia tarefas ligadas à marketing e social media), mas é bom ir preparada para exercer múltiplas funções.

Para mim ficou a lição de avaliar seriamente cada oportunidade e ter noção que algumas delas podem ser sim pura perda de tempo. Não há nada errado em recusá-las ou desistir no meio do caminho, se elas não te levarem a lugar algum. Dar alguns passos para trás para depois avançar outros faz parte do jogo. O importante é nunca perder a linha de chegada de vista! ?

No fim das contas, me senti ainda mais motivada a seguir meu plano de empreender, assunto que vou detalhar em um dos próximos posts!

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